Ancine muda edital de produção de filmes para incluir cotas de gênero e raça

O edital de R$ 100 milhões destinará 35% a projetos de diretoras mulheres, trans ou travestis

O diretor-presidente da Ancine Christian de Castro Oliveira
O diretor-presidente da Ancine Christian de Castro Oliveira - Divulgação
São Paulo | Agência Brasil

A Agência Nacional de Cinema (Ancine) anunciou que o edital do Concurso Produção para Cinema 2018 passará a incluir cotas para diretores negros e indígenas e também para cineastas mulheres.

De acordo com o órgão, a decisão foi tomada pelo comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual após ouvir as demandas de entidades e associações do setor e levando em consideração um amplo diagnóstico feito sobre gênero e raça na produção cinematográfica brasileira.

Lançado em 19 de março, o edital prevê a destinação de R$ 100 milhões a projetos de longas-metragens independentes de ficção, documentário ou animação. De acordo com a Ancine, pelo menos 35% desse total deverá ser destinado a propostas que tenham diretoras mulheres, transexuais e travestis. Além disso, no mínimo 10% do montante será reservado a projetos com diretores negros e indígenas.

Uma semana após o lançamento, porém, as mudanças no edital foram aprovadas. Os R$ 100 milhões são provenientes do Fundo Setorial de Audiovisual, gerido por representantes da Ancine, do Ministério da Cultura, de agentes financeiros credenciados e da indústria audiovisual. 

Em fevereiro, o Ministério da Cultura também já havia lançado edital no valor de R$ 80 milhões com cota para minorias. 

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