'Fico confortável distante de Hollywood', diz Chris Pratt no Brasil

Ator promove 'Vingadores: Guerra Infinita', novo filme da Marvel, que estreia neste mês no país

Thales de Menezes
São Paulo

O americano Chris Pratt está no Brasil para divulgar o lançamento de “Vingadores: Guerra Infinita”, que estreia no dia 26 de abril. Intérprete de Star-Lord, o líder do esquadrão Guardiões da Galáxia, o ator de 38 anos segue o roteiro tradicional do estrangeiro no país, incluindo caipirinha e feijoada.

Depois de encontrar fãs num evento na noite de quarta (4), Pratt deu entrevista à Folha na manhã seguinte. Acostumado às franquias de ação (participou do último “Jurassic Park” e está escalado num possível próximo filme), disse que não tem medo de ficar preso a um determinado personagem.

Aceitará voltar ao papel de Star-Lord num provável terceiro “Guardiões da Galáxia” ou em outro filme do universo Marvel. “Vingadores: Guerra Infinita” reúne mais de 20 heróis dos gibis da editora americana.

O ator Chris Pratt promove 'Vingadores: Guerra Infinita' no Brasil
O ator Chris Pratt promove 'Vingadores: Guerra Infinita' no Brasil - Divulgação

"Nem consigo pensar na ideia de ter problemas ao repetir um personagem. Se é para fazer cinco ou seis vezes o mesmo papel, vou feliz. Eu me lembro dos tempos de juventude em Los Angeles, quando fazia testes para um comercial de lanchonete e ficava ansioso para passar. Ali minha alegria era conseguir um trabalho, qualquer trabalho! Acha que vou ficar preocupado em repetir um personagem em filmes que são vistos por milhões de pessoas?”

 

Sobre esses milhões de fanáticos por Vingadores e outros heró is, ele admite o assédio intenso. “Eu assino esses termos de confidencialidade e depois jogo no lixo”, brinca. “Na verdade, sou bom para guardar segredos. Mas é bom evitar fãs de gibi e jornalistas, para não adiantar nada sobre os enredos.”

Pratt revela ter sido um grande comprador de quadrinhos na infância e na adolescência, mas com um perfil um tanto diferente dos consumidores habituais de heróis. “Eu e meu irmão comprávamos muito gibi, mas eu nem lia tanto. Desde garoto gosto de pintar e desenhar, sempre me aproximei das artes gráficas. Então muitas vezes comprava um gibi porque tinha uma capa incrível e queria copiá-la. Eu mais via os desenhos do que lia os balões.”

Se não tivesse sido escalado como Star-Lord e pudesse escolher outro herói da Marvel para interpretar, seu eleito seria Punisher (no Brasil, Justiceiro). “Era sombrio, violento, mas eu gostava mesmo do visual, aquela caveira enorme estampada no peito dele. Eu desenhava o Punisher o tempo todo, até na parede do meu quarto. Acredite, meu quarto parecia esse lugar de grafites que vocês têm aqui em São Paulo, o Beco do Batman.”

​Pratt às vezes tenta alternar as grandes produções de ação com filme menores, intimistas. Ele cita uma expressão comum em Hollywood: “faço um filme para vocês, depois faço um filme para mim”. “O filme ‘para vocês’ é a megaprodução, que fortalece a minha carreira e paga as contas. O filme ‘para mim’ é aquele que dá a você liberdade artística, dá a você o controle sobre o resultado final.”

Mas, no fim das contas, diz que pode ficar fazendo uma superprodução atrás da outra, sem reclamar, desde que sobre tempo para a vida pessoal. “Tenho um filho de cinco anos, tenho uma fazenda, fico confortável num ambiente muito distante de Hollywood. Filmes podem ser apenas o meu trabalho, meu jeito de ganhar dinheiro.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.