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'Guerra Infinita' encerra a primeira era Marvel

Roteiristas afirmam que foi 'o maior quebra-cabeça' e preveem comoção

Cena do filme Vingadores Guerra Infinita
Josh Brolin é Thanos em 'Vingadores: Guerra Infinita' - Divulgação
Rodrigo Salem
Los Angeles

No futuro, os historiadores do cinema pop dirão que os anos 2010, foram a década dos Estúdios Marvel.

Foram 18 filmes, 10 anos de produção, nenhum grande fracasso e quase US$ 15 bilhões de dólares em bilheterias, a franquia mais lucrativa da história de Hollywood. Mas, como diz Kevin Feige, presidente do estúdio, "toda boa história precisa de um fim".

E esse fim começa com "Vingadores: Guerra Infinita", superprodução de US$ 300 milhões que estreia nesta quinta (26), pelas mãos dos irmãos Russo, Joe e Anthony.

Vindos de séries alopradas como "Arrested Development", eles desviaram a Marvel do esquema seguro ao descontruírem o Capitão América em "Capitão América: Soldado Invernal" (2014) e equilibrarem espetáculo e elenco gigante em "Guerra Civil" (2016).

Os planos começaram nas filmagens de "Guerra Civil", quando Feige pediu ideias aos roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus. "Só sabíamos que Thanos seria o vilão e estaria obcecado pelas joias do infinito [que podem alterar toda a realidade se reunidas]", conta Markus à Folha.

"Kevin [Feige] nos perguntou o que faríamos se pudéssemos usar todos os apetrechos da Marvel. Escrevemos 60 páginas com nossas ideias mais ambiciosas", diz McFeely.

 

"Não haverá outro filme assim nas nossas carreiras", afirma o roteirista, que passou três anos cercado por cartões com linhas narrativas e personagens. "Foi o maior quebra-cabeça das nossas vidas."

O longa e sua sequência foram escritos ao mesmo tempo, mas saíram tão diferentes que o segundo terá de ter outro título (ainda não revelado).

Sem permissão para falarem do enredo —mantido em segredo até segunda (23)—, eles preveem comoção. Principalmente caso se confirmem boatos sobre a morte do Capitão América ou Homem de Ferro.

"Espero que entendam que ainda haverá outro capítulo e curtam, mas vai ter gente reclamando", diz McFeely.

"O grande tema é sacrifício. Mas conversamos de novo em um ano", diz Markus. "Se não estivermos escondidos em um programa de proteção à testemunha", completa o parceiro.

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