Descrição de chapéu Moda

Mamilos de fora marcam presença como protesto pela liberação do corpo

Empoderamento feminino e direito de autonomia sobre o próprio corpo chegam à SPFW

São Paulo | UOL

O empoderamento feminino e o direito da mulher de manter a autonomia sobre seu próprio corpo —independente do espaço social que ele ocupe— chegaram à São Paulo Fashion Week.

As marcas que têm mostrado seu verão 2019 nesta edição 45 do evento aderiram ao movimento internacional "Free the Nipple" ("Liberte o mamilo", em tradução livre).

O "Free the Nipple" é fruto das discussões promovidas por movimentos feministas ao redor do globo. Suas primeiras manifestações foram vistas no último ano nas passarelas e no estilo pessoal de figuras icônicas da moda, como Kendall Jenner.

A modelo mais bem paga do mundo transformou o mamilo livre em marca pessoal nos EUA, tanto que chegou a motivar mulheres a procurar procedimentos estéticos em clínicas para copiar sua silhueta livre de sutiã.

Desde o início do ano, o mamilo reapareceu nos desfiles de Alberta Ferretti, na semana de moda de Milão, e na de Isa Arfen, durante a Fashion Week londrina, entre outras.

No Brasil, seus efeitos foram sentidos já no Carnaval 2018, quando estrelas como Cleo Pires, Anitta e Bruna Marquezine usaram recortes reveladores, adesivos e até transparências que deixavam à mostra a silhueta dos seios.

A escolha de Bruna, aliás, suscitou uma discussão importante sobre liberdade e padrões, já que houve quem dissesse que seus seios estavam flácidos e que, por isso, ela não deveria ter optado pelo top de cristais para curtir um bloco de rua no Rio.

Reinaldo Lourenço, Osklen, Lilly Sarti, Samuel Cirnansck e Projeto Ponto Firme foram algumas das marcas que fizeram coro aos esforços de eliminar a sexualização massiva do corpo feminino ao banalizar a presença do mamilo na passarela em modelos com transparências ou recortes reveladores.

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