A presidente da ABC, Channing Dungey, anunciou na tarde desta terça (29) o cancelamento da série cômica "Roseanne", que havia sido retomada em março deste ano pela rede americana.
A decisão ocorreu poucas horas depois de a comediante Roseanne Barr, protagonista da sitcom, tuitar um comentário racista sobre uma assessora do ex-presidente Barack Obama.
Barr, que apoia o presidente Donald Trump, postou e depois apagou a mensagem, em que havia escrito: "irmandade muçulmana & o planeta dos macacos tiveram um filho = vj", referência à ex-assessora Valerie Jarrett, que é negra.
Em seu comunicado, Dungley, que também é negra, descreve o tuíte como "repugnante, repulsivo e inconsistente com os valores" da ABC: "E nós decidimos cancelar seu programa".
Em seguida, pelo Twitter, o presidente da Disney, controladora da rede, Robert Iger, reproduziu as palavras de Dungley e afirmou, sobre o cancelamento, que "só havia uma coisa a fazer aqui, e foi a coisa certa".
Posteriormente, em entrevista ao canal de notícias MSNBC, Jarrett defendeu "transformar isso num momento de aprendizado". E comentou: "Eu estou bem. Estou preocupada com todos os que não têm um círculo de amigos para vir em sua defesa".
A Casa Branca, questionada sobre a reação de Trump ao cancelamento, afirmou que o presidente americano está "extremamente focada" em Coreia do Norte, comércio e "coisas muitos maiores que acontecem no país neste momento".
Pouco depois de postar a mensagem racista, já sob críticas, Barr chegou a tuitar: "Peço desculpas a Valerie Jarrett e a todos os americanos. Estou verdadeiramente arrependida por fazer uma piada ruim sobre sua política e seu visual. Eu deveria ter pensado melhor. Me desculpe —minha piada foi de mau gosto".
Acrescentou que estava "deixando o Twitter".
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