Há 30 anos morria Chacrinha e há 20, Bolinha

Dois ícones da televisão brasileira, fizeram história no imaginário popular

Ivan Finotti
São Paulo

Há exatos 30 anos morria Chacrinha, um dos mais importantes, criativos e influentes apresentadores da televisão brasileira. Nascido em Surubim (PE), o velho guerreiro, como era conhecido Abelardo Barbosa (1917-1988), inventou tantos bordões e modas que esse espaço seria pequeno para listar todos.

Desde “alô, alô, Terezinha” a “vocês querem bacalhau?”, que ele soltava no meio do programa enquanto distribuía abacaxis, até frases como “quem não se comunica se trumbica” (que virou nome de biografia assinada pela viúva Florinda Barbosa com a jornalista Lucia Rito).

Chacrinha, que estreou na TV Tupi em 1956 e apresentou diversos programas na Globo, também era lembrado pelos jurados musicais, de Aracy de Almeida a Carlos Imperial, e por sua chacretes, as dançarinas, como a rainha Rita Cadillac, Índia Amazonense e Suely Pingo de Ouro.

Chacrinha morreu aos 70 após um infarto e insuficiência respiratória. Tinha câncer de pulmão. Seu último “Cassino do Chacrinha” foi ao ar em 2 de junho de 1988.

Um de seus inúmeros seguidores, Edson Cabariti Cury (1936-1998), era mais conhecido pelo apelido de Bolinha e por usar enormes camisas estampadas de seda, sempre para fora da calça.

Morreu dez anos e um dia depois de Chacrinha. Neste domingo (1º), sua morte por insuficiência cardíaca e respiratória completa 20 anos. Tinha câncer no aparelho 
digestivo.

O apresentador manteve por 26 anos o Clube do Bolinha na TVs Excelsior e Bandeirantes, o qual gostava de anunciar com sua voz rouca: “Gente bonita no Clube do Bolinha”.

Nascido na cidade de Bauru (SP), começou pelo rádio e chegou à TV como apresentador de Reis do Ringue. Copiou as chacretes, agora chamadas de boletes. Entre elas destacou-se Zulu, a Séria, que 
jamais sorria. 

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