Joe Jackson, pai de Michael Jackson, morre aos 89 anos

Como empresário, lançou os Jackson 5 nos anos 1960, mas somava acusações de violência com os filhos

São Paulo

O empresário Joseph Jackson, o Joe Jackson, morreu nesta quarta-feira (27), aos 89 anos.

O ex-empresário tinha a saúde debilitada desde que sofrera um derrame cerebral, em 2015, e vivia afastado de parte dos dez filhos e da esposa, Katherine.

Um 11º filho, Brandon, morreu logo após o parto, e uma de suas filhas, Joh’Vonnie, foi fruto de relação com outra mulher, Cheryl Terrell.

Joe foi o patriarca da família musical Jackson, responsável por lançar o conjunto ​The Jackson 5 nos anos 1960.

Morador de Las Vegas, estava internado desde a semana passada em tratamento de um câncer no pâncreas.

Ele depois alcançaria ainda mais notoriedade como pai e empresário de Michael Jackson (1958-2009) nos primeiros anos da carreira do artista, que viria a ser conhecido pelo epíteto de “rei do pop”.

Joe também gerenciou os primeiros anos da carreira da filha Janet Jackson.

Visionário severo

Ex-lutador de boxe e operador de máquinas, chegou a formar uma banda com seu irmão, Luther, nos anos 1950.

O grupo The Falcons durou apenas um ano, mas Joe desenvolveu a ideia de fazer de seus filhos um conjunto musical.

A iniciativa foi extremamente bem-sucedida, com os Jackson 5 tornando-se um fenômeno do pop, com sonoridade alicerçada no melhor do soul, danças afiadas e visual divertido.

No auge de sua popularidade, o grupo vendeu milhões de discos e chegou a ter seu próprio programa de televisão.

O sucesso, contudo, não veio de graça: o patriarca também foi acusado em diversas ocasiões por ter sido rigoroso, severo e por vezes violento, tanto verbal quanto fisicamente, com seus filhos.

Michael, que morreu em 2009, aos 50 anos, após uma overdose acidental de um remédio anestésico, afirmou em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey que o pai obrigava ele e os irmãos a ensaiarem durante horas seguidas, segurando um cinto para ameaçar e punir quem errasse.

Na ocasião, Michael afirmou que tinha tanto medo do pai que às vezes vomitava quando o via.

Em entrevista à CNN, em 2013, Janet Jackson confirmou as acusações do irmão e afirmou ainda que as crianças não eram autorizadas a chamar o pai de “pai”, mas pelo seu nome.

Joe chegou a admitir que usou de castigos físicos para disciplinar os filhos, mas disse que não se arrependia disso.

“Sou grato por ter sido duro, pois olhe só o que consegui: um grupo de crianças que o mundo todo amava.”

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