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Matinê deliciosa, 'Jurassic World: Reino Ameaçado' traz mais do mesmo

Fiel à cartilha da franquia criada em 1993, filme vale pelas cenas espetaculares de ação

Thales de Menezes

Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom)

  • Quando Estreia nesta quinta (21)
  • Classificação 12 anos
  • Elenco Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall
  • Produção EUA, 2018.
  • Direção J.A. Bayona

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Esperar coisa muito boa do quinto filme de uma franquia não é recomendável. Na maior parte das vezes, ela já deu o que tinha a oferecer.

No caso de "Jurassic World: Reino Ameaçado", porém, era natural ter expectativa positiva, porque o filme anterior foi um bom reboot para a série.

O novo longa não decepciona. É diversão agitada, sem pretensão. Seus méritos residem em repetir o que deu certo em "Jurassic World" (2015). Se o longa não ganha pontos em originalidade, reforça como Chris Pratt e Bryce Dallas Howard se prestam bem a personagens aventureiros e prova que o visual dos dinos ainda impressiona.

"Jurassic Park" foi uma paulada na plateia em 1993, com Steven Spielberg em seus melhores momentos de fazer magia no cinema. As continuações, em 1997 e 2001, foram progressivamente piores.

Por isso, em busca de renovação, há três anos o filme seguinte mereceu até um título modificado, "Jurassic World".

Era o nome do reformado parque temático dos animais pré-históricos, no qual mais uma vez os bichões saem do controle (pela ganância dos humanos, claro) e as esperanças de consertar as coisas ficam nas mãos do adestrador Owen Grady (Pratt) e da administradora do local, Claire Dearing (Howard). Para ajudá-los, a velociraptor Blue, esperto pet do treinador.

Em "Reino Ameaçado", a ilha onde ficava o parque, ainda cheia de dinossauros, está prestes a ir pelos ares com a erupção de um vulcão.

Owen e Claire são contratados por um homem milionário disposto a resgatar os animais e levá-los para um santuário em outra ilha.

A dupla é enganada. Há um plano para vender os dinossauros como armas de guerra e o desenvolvimento em laboratório de uma nova espécie de monstrengo, mais letal do que qualquer outra.

Sim, essa é uma ideia que foi copiada do filme anterior, agora com um réptil ainda mais poderoso.

As cenas de ação são espetaculares. Além da esperada perfeita interação de dinos e humanos na mesma imagem, a sequência da erupção vulcânica, no início do filme, é simplesmente um delírio.

Entre os momentos de pandemônio de destruição, a dose de cenas divertidas e românticas é agradável.

O casal de mocinhos tem química, uma menina fofa é uma nova personagem que funciona bem e, acima de tudo, o filme agora tem Blue, a velociraptor heroína que parece uma versão pré-histórica da cadela Lassie.

No lugar do americano Colin Trevorrow, diretor do filme anterior, está o catalão J.A. Bayona.

Mas nem dá para perceber, porque ele segue exatamente a mesma cartilha do antecessor, até com cenas de outros filmes da franquia praticamente refeitas.

Não há nada do apuro criativo particular que Bayona mostrou em "O Orfanato" (2007) e "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" (2016).

Apesar de matinê deliciosa, "Jurassic World: Reino Ameaçado" é mais do mesmo, apenas um capítulo extra da história. Que deve se prolongar, já que uma cena extra nos créditos finais dá a dica de um sexto filme a caminho.

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