Descrição de chapéu Scarlett Johansson

Scarlett Johansson lança álbum e exalta feminismo em alta

Atriz arruma espaço na agenda e grava cinco músicas, em nova parceria com Pete Yorn

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Pete Yorn and Scarlett Johansson durante o lançamento de "Apart"
Pete Yorn and Scarlett Johansson durante o lançamento de "Apart" - Jennie Matthew/AFP
Nova York | AFP

​Heroína da saga "Vingadores", Scarlett Johansson falou sobre sua música, a revolução do Time's Up e a queda do produtor Harvey Weinstein, em entrevista à AFP para promover seu novo álbum, "Apart". "Realmente não há onde se esconder." 

"É bastante surpreendente ver o resultado de tudo isso. É tudo muito novo", disse.

Aos 33 anos, Scarlett já passou mais de duas décadas na indústria do cinema. Comenta-se que exige receber o mesmo que os colegas homens. Foi modelo, defende a ONG de planejamento familiar Planned Parenthood e foi uma das oradoras da famosa Marcha das Mulheres de janeiro de 2017.

Também é mãe, e, quando não está fazendo nada disso, canta sobre os efeitos de uma relação fracassada em sua mais recente colaboração com o cantor e compositor Pete Yorn, quase dez anos após a primeira parceria, para o álbum "Break Up", inspirado nos duetos de Serge Gainsbourg e Brigitte Bardot.

"Foi realmente impressionante", afirmou a atriz ao citar a queda em desgraça de Weinstein —acusado de estupro e abuso sexual—, a revolução provocada pelo MeToo e a criação do movimento Time's Up.

Nascida e criada em Nova York, Scarlett é uma dessas estrelas que parece ser boa em tudo. Uma menina atriz que teve interpretações aclamadas e cuja glória chegou com o papel de protagonista em "Encontros e Desencontros" (2003), de Sofia Coppola.

Portas abertas

Para aqueles que acham que o progresso não chega suficientemente rápido, recomendou paciência.

"É um processo longo, e deve-se focar na recompensa, ser paciente, progressivo, persistente e continuar avançando", aconselhou.

"Acredito que existam agora na indústria do cinema conversas sobre projetos e a importância da diversidade. Há dez anos, ninguém falava sobre isso", assinalou.

"De vez em quando, você ouvia alguém dizer 'Oh, deveríamos trazer uma voz feminina para este projeto', e você se perguntava, 'o que diabos isso quer dizer?'".

"Esta era, talvez, a ideia de alguém de trazer uma mulher para a sala de roteiristas, ou o que fosse. Mas agora, as portas estão escancaradas", opinou.

Yorn concorda. "É louco tudo o que aconteceu. Tenho uma filha pequena, de 2 anos, e penso que ela felizmente crescerá em um mundo onde as coisas estão um pouquinho melhor, um pouquinho menos sórdidas."

O novo EP contém cinco músicas de estilo mais folk e indie rock, que falam sobre os efeitos de uma relação amorosa fracassada. Foi gravado no centro de Los Angeles, e Scarlett colocou a voz durante uma única tarde, abrindo espaço em sua agenda apertada.

Profundamente errado

Scarlett não se somou a lista de atores que se distanciaram de Woody Allen devido a acusações não comprovadas de que ele molestou a filha adotiva Dylan quando a mesma tinha 7 anos.

A atriz foi aclamada por seus papéis em filmes de Allen, entre 2005 e 2009, como "Match Point". Embora isto a tenha tornado alvo de acusações de hipocrisia, este mês ela saiu em público em defesa da ex-mulher de Harvey Weinstein, Georgina Chapman, uma desenhista famosa que, para muitos, ficaria arruinada devido aos supostos crimes sexuais de seu marido.

"Acho desumano tornar alguém responsável pelos atos de seu par", criticou Scarlett. "Isso me parece extremamente, profundamente errado."

Abaixo, confira o clipe de "Bad Dreams", uma das parcerias entre a atriz e o cantor.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.