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Série cômica 'Arrested Development' está de volta à Netflix

Elenco de trama sobre família transtornada inclui Jeffrey Tambor, acusado de assédio; ator nega

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Jessica Walter e Jeffrey Tambor em cena de "Arrested Development", da Netflix
Jessica Walter e Jeffrey Tambor em cena do quinto ano de "Arrested Development", da Netflix - Saeed Adyani/Divulgação
São Paulo

Os primeiros oito episódios da série já estão disponíveis na Netflix desde o último dia 29. Essa é metade da quinta temporada. A outra, com mais oito capítulos, deve sair no segundo semestre.

A família Bluth, em torno da qual se passa "Arrested Development", é uma das mais disfuncionais da história da TV.

Há um patriarca corrupto (Jeffrey Tambor), uma mulher drogada e alcoólatra (Jessica Walter) e quatro filhos adultos, entre eles um mágico sem talento (Will Arnett), um caçula sem iniciativa (Tony Hale), uma perua maluquete para quem não cai a ficha de que seus pais perderam tudo (Portia de Rossi) e um único certinho (Jason Bateman), que tenta carregar a família nas costas. Além dos dois netos que vivem um romance secreto (Michael Cera e Alia Shawkat).

E os Bluth agora decidem entrar para a política, com Linsey Bluth, a filha mimada, tentando se eleger para o equivalente a deputada federal, para, segundo o seu slogan, "fazer parte do problema".

A decisão de colocar apenas metade da quinta temporada no ar pegou os fãs de surpresa.

"Arrested Development" tem uma trajetória incomum. Estreou na Fox em 2003 e teve três temporadas com sucesso de crítica e de público, mas não o suficiente.

Cancelada em 2006, virou cult e veio sendo descoberta por espectadores desde que foi disponibilizada na Netflix.

O sucesso pós-cancelamento foi tão grande e estrondoso que o serviço de streaming resolveu produzir uma quarta temporada. Atores principais, diretores e roteiristas aceitaram o desafio na hora.

Em 2013, foram ao ar os 15 novos episódios, cada um centrado em um personagem. E não funcionou muito bem.

A química entre os atores, os diálogos absurdos acompanhados da narração em off feita pelo diretor Ron Howard, tudo ficou em segundo plano com a ideia de personalizar cada episódio.

Ficou tão ruim que o criador da série, Mitchell Hurwitz, decidiu reeditar todo o material. E aí surgiu a primeira polêmica entre o elenco: parte dos atores achou que deviam ter ganhado alguma coisa a mais já que o material filmado acabou virando outro produto.

Mas nada se compara ao que aconteceu no intervalo entre a quarta e a quinta temporada.

O ator Jeffrey Tambor protagonizava a série também cult "Transparent", como um pai de família que decide assumir sua personalidade feminina (e pelo qual ganhou um Globo de Ouro e dois Emmy como melhor ator). Mas acabou acusado por uma ex-assistente e por uma atriz de abuso sexual. Ele negou as acusações, mas perdeu aquele papel.

Durante entrevista com todo o elenco de "Arrested Development" para o jornal americano The New York Times, houve saia justa para o ator.

A maioria dos atores defendeu o comportamento de Tambor no set, apesar de seu temperamento volátil, segundo seu principal defensor, o colega Jason Bateman.

Até que a atriz Jessica Walter, de 77 anos, que interpreta sua ex-mulher na série, disse chorando que ao longo de 60 anos de atuação nunca tinha sido tratada como foi um vez por Tambor, que perdeu a paciência e gritou com ela em cena.

Depois, Bateman pediu desculpas à atriz em uma rede social. A controvérsia fez a Netflix cancelar uma viagem promocional do elenco para Londres.

Mas, por ora, sem mudanças no elenco de "Arrested Development".

O jeito é mergulhar nesses oito episódios inéditos como se fossem os últimos.

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