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"Tio Drew" é um filme simpático. Comédia estrelada por astros da NBA, reúne jogadores aposentados ou ainda em atividade caracterizados como personagens de mais de 70 anos.
O ator profissional que serve de âncora ao elenco de atletas é Lil Rel Howery ("Corra!"). Ele faz o papel do bonachão Drax, jogador frustrado que torra tudo o que tem para treinar um time que disputará o torneio de basquete de rua mais badalado de Nova York.
Mas surge um treinador rival, que simplesmente contrata todo o time do outro, deixando Drax sem dinheiro nem atletas.
O destino faz Drax encontrar Tio Drew, uma lenda do basquete de rua. Setentão, Drew foi o maior da história, mas largou as disputas ainda jovem. Mas, apesar da idade, ele ainda joga uma barbaridade. E aceita ajudar Drax.
Uma condição: só fará isso se puder reunir os velhos colegas de time.
Os dois saem de furgão pelos EUA atrás dos outros idosos jogadores. A cada encontro, Drax enlouquece, porque todos têm problemas.
"Lights" está praticamente cego, "Preacher" é agora um pastor que morre de medo da mulher que o proíbe de jogar e "Boots" está numa cadeira de rodas. Já o gigantesco "Big Fella" dá aulas de kung-fu e não quer saber de basquete.
O filme ganha ares de fábula quando, mesmo com tudo contra eles, o quinteto resolver voltar às quadras.
Se o filme sofre com sequências esquemáticas demais e piadas às vezes óbvias, ainda assim diverte como uma boa "Sessão da Tarde" e, o melhor, exibe um basquete espetacular.
Não é para menos. Todos os "atores" colecionam títulos da NBA: Kyrie Irving (Drew), Reggie Miller (Lights), Chris Webber (Preacher), Nate Robinson (Boots) e, o mais famoso no Brasil, Shaquille O'Neal (Big Fella).
Seria difícil mesmo esperar valor dramático num filme que deriva de uma série de anúncios da Pepsi —Drew foi interpretado por Kyrie Irving em comercias de TV por anos.
Mas, despretensioso até a medula, "Tio Drew" é irresistível para qualquer louco por basquete.
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