A artista plástica Eleonore Koch morreu aos 92 anos na manhã desta quarta-feira (1º). A artista morreu após uma parada cardiorrespiratória. Ela estava internada na Santa Casa de São Paulo desde a semana passada.
Koch foi discípula do artista Alfredo Volpi (1896- 1988), nos anos 1950. Com o artista, Koch aprendeu a técnica de têmpera.
Longe do circuito artístico durante anos, o trabalho da alemã radicada no Brasil voltou aos olhos do público em uma exposição em cartaz Pinacoteca, em 2018, chamada "Mínimo Múltiplo Comum".
O curador José Augusto Ribeiro afirma que ela desenvolveu entre os anos 1950 e 1990 uma "pintura singular".
Isso porque, visualmente, suas pinturas não continham figuras humanas e os objetos"parecem flutuar nos quadros". "Ela costumava deixar a pincelada aparente nos quadros, o que pode ter sido uma herança que ela carrega de Volpi", analisa Ribeiro.
Nos anos 1970, ela vai a Inglaterra e passa a pintar paisagens. Lá, diz o curador, Koch conheceu o trabalho do pintor inglês David Hockney, conhecido pela importante representação na pop art.
"Algo de Hockney foi incorporado ao trabalho de Koch, pois suas pinturas passaram a se assemelhar com colagens e ela costumava retratar os espaços de maneira simplificada".
Em 2013, o livro "Lore Koch" ---como ela era conhecida--- sobre a carreira da artista foi divulgado pela Cosac Naify, que visava suprimir esta lacuna da sua história na arte brasileira.
"Ela passou muitos anos fora do Brasil, o que pode ter afastado Koch do circuito de artes no Brasil", diz Ribeiro.
A artista deixa amigos. Até a publicação desta nota, as informações do velório e enterro não foram divulgadas.
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