Artista multifacetado, Bruce Dickinson completa 60 anos

Habilidoso e determinado, ele acumula histórias e experiências que vão além da música

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Bruce Dickinson em apresentação do Iron Maiden em São Paulo - Adriano Vizoni-26.mar.16/Folhapress
São Paulo

Você escolhe: esgrimista, radialista, piloto de avião, empreendedor, cervejeiro, palestrante, compositor ou cantor. Bruce Dickinson, líder do Iron Maiden e uma das vozes mais cultuadas do rock, é um homem de muitos talentos e habilidades. E determinado.

O músico, que completa 60 anos nesta terça (7), acumula histórias e experiências que vão além da música.

Filho de pais muito jovens, Paul Bruce Dickinson foi criado pelos avós até os cinco anos, na Inglaterra. A paixão pela aviação começou ainda na infância, quando adorava ouvir histórias do padrinho, que integrava a Força Aérea Real.

Estudou em colégio interno, usou a Força de Cadetes do Exército como válvula de escape, diz em biografia, e se inscreveu para aprender esgrima quando ainda era adolescente. Atleta, participou de competições regionais.

Como músico, ganhou destaque no cenário inglês com a Samson, onde era conhecido por Bruce Bruce. Ambicioso e sem temer o sucesso, assumiu os vocais do Iron Maiden com a saída do polêmico Paul Di'Anno e já encarou o álbum "The Number Of The Beast" (1982), um dos maiores sucessos da banda. Investiu na carreira solo a partir de 1993, quando fez uma pausa de seis anos com o grupo —época em que os vocais ficaram por conta de Blaze Bayley.

Astro do rock, mas amante da aviação, Dickinson é piloto comercial e comanda até o Ed Force One —como é chamado o avião da banda. A empresa passou por uma crise, mas Bruce acompanhou de perto e deu a volta por cima.

Incansável, Bruce foi apresentador de programa de rádio da BBC. É roteirista e responsável pela trilha do filme de ficção "Chemical ​Wedding" (2008), inspirado no ocultista britânico Aleister Crowley. 

Ainda fora dos palcos, desenvolveu a Trooper, cerveja do Iron Maiden inspirada em single homônimo, em parceria com a fabricante inglesa Robinsons.

Bem-sucedido, começou a dar palestras pelo mundo sobre empreendedorismo e negócios. Passou pelo Brasil em algumas oportunidades. Em 2014 falou aos participantes da Campus Party. Em maio passado, esteve no VTEX Day, evento em São Paulo para profissionais de ecommerce. Aproveitou a viagem para visitar a fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP), onde autografou uma aeronave. 

Sem se intimidar com desafios, Bruce superou um câncer de pescoço e cabeça, consequência de um HPV, diagnosticado em dezembro de 2014. Em “Bruce Dickinson, uma autobiografia –Para que serve esse botão?”, lançada recentemente, o músico relata ter enfrentado a doença e os meses de tratamento intenso até a confirmação da cura.

Uma série de projetos faz parte da rotina do roqueiro que conduz multidões em shows e homem de negócios que não tem tempo a perder.

Como Bruce administra tanta coisa, com tanta determinação? Em 2014, em entrevista antes de evento de tecnologia em São Paulo, ele afirmou que para se especializar em áreas tão diferentes, o importante é dedicação. "Você precisa aprender rápido o básico do negócio e prover um serviço seu, diferente dos outros.” Para ele, o importante é ter uma boa ideia e trabalhar duro. “Você pode ensinar qualquer coisa para uma pessoa, mas dedicação, não", diz. 

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