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'Orange Is the New Black' volta à sua boa forma

Sexta temporada da série sobre presídio feminino pesa na violência, mas tem ótimas tramas e atuações

A atriz Danielle Brooks, a Taystee de "Orange Is the New Black", na sexta temporada da série
A atriz Danielle Brooks, a Taystee de "Orange Is the New Black", na sexta temporada da série - Divulgação
Teté Ribeiro
São Paulo

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Orange Is the New Black

  • Onde Disponível na Netflix

“Orange Is the New Black” tem mais uma mudança radical de estrutura na sua sexta temporada, disponível na Netflix desde 27 de julho. São 13 novos episódios de mais ou menos uma hora de duração, um novo cenário e uma grande mudança no elenco.

Se não tem o frescor das primeiras duas temporadas, essa nova leva de episódios marca o território do seriado como um dos melhores programas produzidos pela Netflix. 

Não é para os de estômago fraco, mas quem superar a violência e escatologia de algumas cenas é recompensado com ótimas tramas e grandes atuações.

Depois da rebelião que durou toda a quinta temporada, as presas que estavam escondidas em uma piscina vazia são transportadas para a seção de máxima segurança de Lichfield, e a seção de segurança mínima, onde elas viviam, é evacuada e seu diretor, Joe Caputo, afastado.

Vão para a nova prisão, divididas em três blocos que guerreiam entre si, a protagonista das primeiras temporadas, Piper Chapman (Taylor Schilling), sua parceira, Alex Vause (Laura Prepon), assim como Daya (Dascha Polanco), Red (Kate Mulgrew), Cindy (Adrienne C. Moore), Nicky (Natasha Lyonne), Suzanne (Uzo Aduba), Lorna (Yael Stone), Flaca (Jackie Cruz), Maria (Jessica Pimentel), Gloria (Selenis Leyva). 
Fora da prisão, seguem na história Caputo (Nick Sandow), Tiffany (Taryn Manning), Aleida (Elizabeth Rodriguez). Todas são velhas conhecidas de quem segue a série desde a primeira temporada, colocada no serviço de streaming em 2013.

Mas desta vez a história mais interessante é a de Taystee (Danielle Brooks). Como ela foi a presa que apareceu mais publicamente durante a rebelião, vira alvo de uma tentativa desesperada da companhia que controla a prisão para dominar sua população. 

Seu julgamento é uma ótima amostra de como o sistema de Justiça pode ser nebuloso. Brooks é uma das atrizes mais fortes do elenco e, sempre que os roteiristas dão a ela histórias mais profundas, o seriado ganha.

Os flashbacks que marcaram as primeiras temporadas e nos apresentavam as personagens uma a uma estão de volta, mas não em todos os episódios. Eles acontecem só quando uma detenta, das que já estavam na prisão de segurança máxima, se envolve de alguma maneira com as “nossas” meninas e precisa de uma explicação de como, afinal, foi parar ali.

Um spoiler (dois, na verdade, tem um meio disfarçado três parágrafos acima): o humor está de volta, de uma forma irreverente e irresistível. 

Os guardas têm um jogo macabro, em que cada um escolhe duas ou três presas e ganha pontos cada vez que uma delas comete um delito ou ato desesperado. Suicídio é o campeão de pontos, assassinato fica no segundo lugar. Mas brigas de gangues, anorexia, recaída nas drogas e automutilação também têm seu lugar.

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