Sem Saraiva, Bienal do Livro tem fim de semana de descontos

Evento teve corredores cheios e ofertas que ficaram entre 20% e 30% sobre os preços nas livrarias

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Bienal do Livro no Anhembi, em São Paulo
Bienal do Livro no Anhembi, em São Paulo - @estudiowtf/Divulgação
São Paulo

Quem for à Bienal do Livro de São Paulo, que começou nesta sexta (3) e vai até domingo (12), no Pavilhão do Anhembi, vai encontrar um evento com mais descontos do que na edição anterior —e os corredores cheios de sempre.

A ausência mais evidente nesta edição é a da Saraiva, rede de livrarias que atravessa uma crise e e costumava ter um estande faraônico —espaço que servia inclusive para editores sem estande na Bienal exporem seus títulos.

Sem o espaço clássico da rede, as editoras se sentem mais livres para ter uma política própria de preço. Antes, havia algum constrangimento de ter preços que pudessem ofuscar —ou causar mal-estar— a livraria que é o principal canal de escoamento da produção editorial. Em algumas editoras, a Saraiva chega a ser responsável por 30% do faturamento.

Os descontos têm ficado entre 20% e 30%, mas é comum encontrar pechinchas maiores. O livro de cartas de Nelson Mandela que a editora Todavia lançou este mês, por exemplo, tem preço de capa de R$ 84,90 —mas pode ser encontrado com 40% de desconto no estande da casa, que está em sua primeira Bienal.

No da Record, por exemplo, “Todo Dia”, de David Levithan, um dos convidados estrangeiros neste ano, sai por R$ 32, conta os R$ 42,90 originais.

Esta edição da Bienal também tem algo que seria impensável em edições anteriores, editoras que além dos descontos normais separam espaços em seus estandes para livros de saldão — títulos encalhados que chegam a ser comercializados até a R$ 2. Isso se explica para ausência de outro expositor que costumava ser relevante, a Top Livros, especializada em obras de saldo.

A reportagem da Folha encontrou saldões realizados por pelo menos três editoras. A Intrínseca, por exemplo, tem uma série de livros a R$ 5 e R$ 9. No espaço da Planeta, na tarde deste domingo (5), os vendedores começavam a organizar uma sessão com obras a R$ 10 —com um ou outro livro a R$ 2. O mesmo se repete na Sextante.

Ao longo da feira, os editores não descartam aumentar os descontos a depender da resposta do público.
Não são só as promoções a estimular filas, esse elemento permanente em toda Bienal. Jovens se alinham para tirar fotos na porta do estande da Intrínseca, no Trono de Ferro —da série Game of Thromes— que a LeYa monta todo ano e em um cenário inspirado no filme “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, na Harper Collins

Se o comportamento do público continuar como foi no fim de semana, quem quiser escapar de filas faz bem em chegar depois do almoço — pela manhã, há uma parte do público que chega antes de o Pavilhão do Anhembi abrir.

Como é normal em todas as edições, o sábado costuma ser o dia de corredores e filas mais cheias. Neste domingo (5), já era mais fácil circular pela Bienal.

A Câmara Brasileira do Livro, organizador do evento, ainda não tem números de público e afirma que vai divulgá-los apenas ao fim da Bienal. A expectava é que 700 mil pessoas passem pelo Anhembi até o domingo (12).

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