Após 20 anos sem pagar aluguel, Theatro Municipal do Rio corre risco de ser despejado de anexo

A compra do edifício é a úncia opção do teatro para evitar o despejo

Isabella Menon
São Paulo
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro pode ficar sem o prédio anexo, que é utilizado por artistas para ensaios dos corpos técnicos. 
 
O local pertence ao Prece Previdência Complementar, um fundo de pensão do Cedae, companhia estadual de águas e esgotos do Rio. 
 
O edifício é utilizado desde 1998 pelo teatro, porém, segundo a assessoria de imprensa do Prece, o aluguel nunca foi pago em 20 anos. A Folha apurou que o valor que o governo deve ao fundo de pensão é de R$ 87 mihões.
 
O contrato entre as partes termina no fim de setembro. Agora, a compra do edifício é a úncia opção do teatro para evitar o despejo​.
 
De acordo com a assessoria do Prece, a falta de repasse do governo do Rio prejudicou três planos previdenciários de fundo de pensão. “Os 6.279 pensionistas dos três planos estão pagando contribuições extraordinárias para garantir seus benefícios”, informa a nota. A assessoria diz também que corre na Justiça um processo contra o falta de pagamento do teatro.
 
Em nota, o Prece reconhece a importância do anexo do Theatro Municipal para a cultura carioca, mas diz que “os gestores do fundo de pensão têm a obrigação legal de garantir o patrimônio dos participantes e aposentados/pensionistas”.
 
O contrato foi feito com o Teatro Municipal do Rio, mas quem reponde é o governo. 
 
Procurada, a Secretaria do Estado de Cultura do Rio de Janeiro informa, por meio da assessoria de imprensa, que foi surpreendida com o recebimento há poucos dias desta notificação, e a encaminhou imediatamente para Procuradoria Geral do Estado.
 
Na terça-feira (18), o Secretario Leandro Monteiro terá uma reunião com o Procurador-Geral do estado, para definir o destino do imóvel e as negociações a respeito do mesmo.
A dançarina brasileira Roberta Marquez do The Royal Ballet durante aula com estudantes de dança, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro
A dançarina brasileira Roberta Marquez do The Royal Ballet durante aula com estudantes de dança do Royal Opera House, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro - REUTERS

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.