Descrição de chapéu Televisão

'Foi uma mulher que se reinventava sempre', diz Miguel Falabella sobre a morte de Beatriz Segall

Atriz morreu nesta quarta-feira (5) aos 92 anos, no Hospital Albert Einstein em São Paulo

São Paulo

Morta aos 92 anos, Beatriz Segall marcou o imaginário do país com sua Odete Roitman, rica esnobe da novela "Vale Tudo". 

morte da atriz, nesta quarta (5), comoveu seus colegas. "Ela foi quem me lançou como diretor, com a peça 'Emily', de 1984, sobre a Emily Dickinson. Segall abriu as portas para mim", disse Miguel Falabella, que considera uma atriz "excepcional, rigorosa e muito técnica. Ela foi uma mulher que se reinventava sempre." 

O ator Marcos Caruso enxerga Beatriz como um dos pilares do teatro brasileiro. "Perdemos, sobretudo, uma grande produtora do teatro nacional. Ela era uma defensora dos direitos dos artistas, uma mulher de fibra, essencialmente política, e que não tinha medo de seguir em frente no que acreditava. Uma perda lastimável para o Brasil”.

Pelo Twitter, o autor de novelas Walcyr Carrasco escreveu que “perdemos Beatriz Segall, a grande dama do teatro e da televisão, inesquecível no papel de Odette Roittman. Mais um grande talento que se foi! Fez grandes e importantes peças de teatro, inclusive na resistência à ditadura militar! Adeus!"

O diretor de teatro Zé Celso disse que ela “era uma grande atriz. Ao longo da carreira, fez vários tipos de Odete Roitmans. Não nos dávamos muito bem, brigávamos muito (risos). Vai ficar sempre na memória do povo brasileiro, especialmente do público de TV. Ela era perfeita nos papéis que ela fez conosco. Sempre vai ficar na memória do povo brasileiro, principalmente do público de televisão. Viva Beatriz Segall!"​

A cantora Daniela Mercury também usou as redes sociais para lamentar a morte de Segall. "Era uma diva muito amada e respeitada por todos que conheceram sua arte. Sinto muito por sua partida." 

A fotógrafa Vania Toledo, que fotografou Segall diversas vezes no teatro, disse que no seu livro 'Personagens Femininos', "ela quis representar uma guerreira porque era isso que ela significava na vida real. Beatriz levava política muito a sério, era eticamente incorruptível e quis trazer isso para sua forma de viver. Ela odiava comparações com Odete Roitman porque separava bem a vida pessoal da popularidade que os personagens alcançaram. Quando ela fez 80 anos, eu também a fotografei. Tinha uma energia incrível e vai fazer muita falta".

José Possi Netto, que dirigiu Segall em "Três Mulheres Altas", de Edward Albee, “O Manifesto” (1988), de Brian Clark, e em “Lillian”, de William Luce (1989), disse que no teatro eles tiveram uma "relação muito íntima, quase familiar".

"Fiquei muito próximo dela. Era uma pessoa de personalidade única, completamente diferente do meio. Era ao mesmo tempo muito criticada e muito admirada. Era uma mulher muito inteligente e muito culta. Eu vivi momentos muito ricos, muito agradáveis. É uma perda muito grande para o teatro e para nós, amigos, familiares", disse Possi Netto. 

​Colega de palco no espetáculo "Três Mulheres" e em "Vale Tudo", Natalhia Timberg diz que trabalhar com Segall "foi compartilhar uma presença fortíssima, como atriz, pessoa e ser. Ela era uma mulher muito plena e foi um privilégio passar esse tempo com ela.”

Pelo Instagram, a atriz Patricia Pillar lamentou não ter contracenado com a atriz. 

No Twitter, a funkeira Valeska Popozuda disse que a atriz "foi uma das mulheres mais linda e doce que eu já conheci". 

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