Argentina Andrea Giunta é anunciada curadora-chefe da próxima Bienal do Mercosul

Evento em Porto Alegre, em 2020, versará sobre as relações entre arte, feminismo e emancipação

João Perassolo
São Paulo

A Bienal do Mercosul anunciou nesta quarta-feira (10) o nome da curadora-chefe da próxima edição do evento. A argentina Andrea Giunta será a responsável por orquestrar a programação da 12ª versão da mostra de arte contemporânea, que ocupará três espaços de Porto Alegre entre 9 de abril e 5 de julho de 2020. Giunta é cocuradora da exposição "Mulheres Radicais", em cartaz na Pinacoteca de São Paulo.

Autora de diversos escritos a respeito de arte latino-americana e feminismo, a curadora e professora vai explorar as relações entre arte, feminismo e emancipação. "O tema desta edição está no centro dos debates e das revisões críticas do cânone da arte", diz Giunta. As obras serão expostas no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, no Memorial do Rio Grande do Sul e no Santander Cultural.

Andrea Giunta tem larga carreira acadêmica: é professora de Arte Latino-Americana e de Arte Internacional na Universidade de Buenos Aires e teve passagens pela Escola de Altos Estudos e Ciências Sociais de Paris e pela Universidade Nacional Autônoma do México, entre outras. Foi curadora de retrospectiva de León Ferrari na Pinacoteca de São Paulo e cocuradora de "​Verboamérica", com Agustín Pérez Rubio, no Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires.

A Bienal do Mercosul acontece desde 1997 na capital gaúcha. De um evento focado sobretudo em artistas latino-americanos, passou a se internacionalizar e apresentou uma seleção de artistas africanos e afrobrasileiros na sua última edição, este ano. Foi um evento menor em relação ao anterior: o orçamentou era de R$ 3 milhões, em comparação aos R$ 7,5 milhões de 2015.

O título da exposição e a equipe curatorial completa serão anunciados ainda este ano.

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