Marcelo Araujo é o novo presidente da Japan House após deixar museus federais

Ex-presidente do Instituto Brasileiro de Museus assume agora o espaço cultural paulistano

João Perassolo
São Paulo

​Marcelo Araujo é o novo presidente da Japan House, em São Paulo. Ele assumiu a presidência do espaço cultural na avenida Paulista nesta segunda-feira (1º). 

O museólogo passa a ocupar o cargo depois de ter pedido exoneração do Instituto Brasileiro de Museus, o Ibram, em 31 de agosto, órgão governamental do qual era presidente. 

Poucos dias após a sua saída, o Ibram foi extinto por uma medida provisória editada pelo presidente Michel Temer e transformado em Agência Brasileira de Museus, ou Abram. A nova agência vem recebendo críticas da comunidade museológica por ter sido criada às pressas, menos de dez dias depois do incêndio que destruiu o Museu Nacional. 

Araujo foi secretário da Cultura do estado de São Paulo entre 2012 e 2016, durante o governo do tucano Geraldo Alckmin. Também dirigiu a Pinacoteca do Estado entre 2002 e 2012 e, anteriormente, o Museu Lasar Segall, de 1998 a 2002. 

Marcelo Mattos Araujo, presidente da Japan House São Paulo
Marcelo Mattos Araujo, presidente da Japan House São Paulo - Rogério Cassimiro

Japan House foi inaugurada em maio do ano passado, em frente à Casa das Rosas, com projeto assinado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma —o mesmo do novo estádio Olímpico de Tóquio para as Olimpíadas de 2020. 

 

É um centro cultural bancado pelo governo japonês, que o usa como um instrumento de "soft power". Seu orçamento previsto para até  março de 2019 é de R$ 102 milhões, quase três vezes o orçamento anual do vizinho MASP. Além de São Paulo, há unidades da Japan House em Los Angeles e em Londres.

A galeria do espaço traz exposições de artistas nipônicos contemporâneos, a exemplo do duo Nonotak, criadores de instalações imersivas que ficam em cartaz até 6 de janeiro de 2019.

Além de mostras de arte, o espaço já abrigou ações promocionais de marcas japonesas, como a loja temporária da Muji, no primeiro semestre deste ano. Queridinha dos japoneses, a Muji vende roupas, objetos para casa e itens de papelaria, todos com design minimalista, sem logotipo aparente.

 

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