Pivô de escândalo no Nobel de Literatura é condenado por estupro na Suécia

Caso provocou o cancelamento do prêmio neste ano

Jean-Claude Arnault chega ao tribunal em Estocolmo, na Suécia
Jean-Claude Arnault chega ao tribunal em Estocolmo, na Suécia - Fredrik Sandberg/Reuters
São Paulo

A Justiça da Suécia condenou Jean-Claude Arnault, pivô do escândalo que levou ao cancelamento do Prêmio Nobel de Literatura deste ano, a dois anos de prisão por estupro nesta segunda-feira (1º).

Arnault era julgado por dois casos de estupro, mas foi condenado por apenas um. Ele está no centro de um escândalo de abuso sexual e crimes financeiros, cujas consequências respingaram na Academia Sueca, instituição responsável pelo Nobel de Literatura.

Arnault é uma figura de destaque na cena cultural sueca e marido de Katarina Frostenson, membro da Academia.

Após uma série de denúncias, a entrega do Prêmio Nobel de Literatura foi cancelada em 2018. A cerimônia de 2019 também corre o risco de ser cancelada.

O caso surgiu em novembro, quando o jornal Dagens Nyheter noticiou que pelo menos 18 mulheres acusavam Jean-Claude Arnault, uma importante figura no meio cultural sueco, de assédio e agressão sexual.

O jornal noticiou que Arnault havia sido acusado em diversas instâncias de maus tratos a mulheres, no clube e em imóveis de propriedade da Academia, em Estocolmo e Paris, nos últimos 20 anos.

O jornal informou também que Arnault havia vazado informações sobre o ganhador do Nobel de Literatura sete vezes, desde 1996.

Numa assembleia realizada em abril deste ano, seis membros da instituição votaram a favor da expulsão de  Katarina Frostenson. Contudo, uma maioria de oito integrantes votou contra a proposta —resultado que gerou a crise que agora ocupa todo dia as manchetes dos jornais suecos.

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