Entre a ópera e o pop, Sarah Brightman leva tons épicos a shows em São Paulo

Soprano vai misturar músicas do novo álbum com canções mais conhecidas do público

São Paulo

A soprano Sarah Brightman já teria um lugar na história por seu excepcional desempenho interpretando as canções do musical "O Fantasma da Ópera". O álbum com a trilha sonora, de 1987, vendeu 40 milhões de cópias no mundo, passando a ser o maior sucesso fonográfico do gênero.

Mas essa inglesa de 58 anos e ar jovial já fez muito mais. São mais de 30 milhões de discos solo vendidos, desde sua estreia ainda adolescente, em 1978, com o single pop "I Lost My Heart to a Starship Trooper", ao álbum recém-lançado "Hymn", que ela divulga em dois shows em São Paulo, neste sábado (24) e domingo (25).

"Hymn", seu 12º disco de estúdio, tem tons épicos e chega após hiato de cinco anos, o maior intervalo em sua carreira. "Foi um tempo para me dedicar a outras coisas, acabou sendo um período de descanso para a minha voz", diz Sarah à Folha.

"Neste disco quis juntar peças que mostrassem um pouco do que vivi nesse período, falo em questões espirituais. Acho que, na verdade, eu não estava com pressa."

Ela deve cantar uma boa parte do repertorio do novo álbum, principalmente na primeira parte do show.

"Para a segunda parte, preparei canções mais conhecidas", conta, talvez contemplando algo dos oito álbuns gravados com o compositor Andrew Lloyd Webber, mago dos musicais com quem foi casada entre 1984 e 1990.

A cantora alterna maneiras diferente de cantar, entre um registro operístico e uma sonoridade mais pop. Às vezes, dentro de uma canção. "Em algumas músicas, cantar de uma maneira mais próxima ao modo clássico pode torná-las mais atraentes, mesmo que sejam na essência canções pop.

"Ela admite não saber se seu público no Brasil tem mais admiradores de ópera ou de música pop. "É uma pergunta difícil de responder, não apenas em relação ao Brasil, mas também a outras plateias pelo mundo. É que trabalho há tanto tempo essa fusão que meu jeito de cantar pula de um gênero para outro com facilidade."

"Uso trechos curtos com essa orientação para o clássico, pequenas frases, para criar ambientações agradáveis para a música. Não é um exercício de virtuosismo, é apenas a busca por uma música que agrade e surpreenda. Quero que fique bonito, apenas isso." 

Sarah Brightman

Sábado (24), às 22h; domingo (25), às 20h. Espaço das Américas, r.  Tagipuru, 795. Ingr.: de R$ 200 a R$ 450, ingressorapido.com.br

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