Depois de alguns anos de crise, 2019 parece trazer um novo fôlego para as produções teatrais. Veja as apostas para os palcos para este novo ano:
Remontagens
“O Mistério de Irma Vap”, sucesso no Brasil dos anos 1980 e 1990, terá nova montagem, com Mateus Solano e Luis Miranda e direção de Jorge Farjalla. Renato Borghi refaz duas obras: “Estrela D’Alva” (1987), escrita em homenagem a Dalva de Oliveira, ganha versão mais enxuta, “Minha Estrela D’Alva”, protagonizada por Laila Garin; e “O que Mantém um Homem Vivo” (1973), a partir de textos de Brecht, será reinterpretada por Borghi, Georgette Fadel e Elcio Nogueira Seixas. Já Selma Egrei faz o papel que foi de Tônia Carrero em “As Atrizes”, comédia de Juca Oliveira
Clássicos da dramaturgia
Zé Henrique de Paula, que fez uma ótima montagem de Arthur Miller em 2018 (“Um Panorama Visto da Ponte”), volta à dramaturgia do americano em “A Morte do Caixeiro Viajante”, com Herson Capri no elenco. Mas há outros aguardos clássicos, como a versão do Grupo Tapa para “O Jardim das Cerejeiras”, de Tchékhov; a encenação de Guilherme Weber para “Peça de Casamento”, de Edward Albee, com Eliane Giardini e Antônio Gonzalez; e “Anjo de Pedra”, de Tennessee Williams, com Sophie Charlotte e direção de Nelson Baskerville
Musicais nacionais
As estreias musicais reúnem boas promessas brasileiras, como uma adaptação de “Macunaíma”, com A Barca dos Corações Partidos e direção de Bia Lessa; “Cangaceiras”, de Newton Moreno, com Amanda Acosta e encenação de Sérgio Modena; e uma adaptação do romance “A Casa das Sete Mulheres”, dirigida por Ulysses Cruz
Papéis femininos
As montagens deste ano parecem guardar espaço para boas atuações femininas. Bel Kowarick, Débora Lamm e Maria Flor dividem o palco em “A Ponte”, texto do canadense Daniel MacIvor (de “In on It”). Bete Coelho é dirigida por Daniela Thomas em “Mãe Coragem e Seus Filhos”, de Brecht. Débora Falabella e Yara de Novaes protagonizam “Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante”, novo texto de Silvia Gomez, e Helena Ignez e Djin Sganzerla são dirigidas por André Guerreiro Lopes numa fusão das peças “Titus Andronicus” e “Macbeth”, de Shakespeare
Adaptações do cinema
O ano abre com uma versão teatral de “Dogville”, filme de Lars von Trier, aqui protagonizada por Mel Lisboa e com Fabio Assunção no elenco. Depois, Silvio Guindane e Gabriela Duarte estreiam “Perfume de Mulher”. Entre os musicais, uma montagem de “Sunset Boulevard” (“O Crepúsculo dos Deuses”), protagonizada por Marisa Orth e Daniel Boaventura, e outra de “Billy Elliot”
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