O expressionista cineasta alemão F.W. Murnau faz parte da fase gloriosa do cinema mudo. Entusiasta da expressão plástica, ele criou narrativas visuais que transitavam entre realidade e fantasia a partir da luz e de outros efeitos cenográficos. O resultado, porém, não passa exatamente pelo conceito do belo.
Mas o diretor de “Tabu”, longa apresentado ao leitor no 21º volume da Coleção Folha Grandes Diretores no Cinema, não ficou restrito às amarras de uma estética específica, como o expressionismo.
O cinema ajudou Murnau a materializar sensações e emoções. Foi sua chance de ter um pé no mundo dos sonhos que o acompanha desde a infância, onde em passeios com a família seu pai precisava lhe alertar que estava sonhando (acordado).
O diretor começou dirigindo filmes de propaganda e teve uma carreira breve no cinema, com 21 obras em 12 anos, mas conseguiu marcar a história com clássicos como “Aurora”, vencedor de três Oscar, e “Nosferatu”.
A partir de uma viagem à Polinésia, Murnau filmou com “Tabu”, narrativa carregada de erotismo e inocência que remete a documentários antropológicos.
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