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Carl T. Dreyer repercute o tema da intolerância no longa 'Dias de Ira'

O 26º volume da Coleção Folha Grandes Diretores do Cinema chega às bancas em 20 de janeiro

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Cena do filme 'Dias de Ira' (1943), de Carl Dreyer - Divulgação
São Paulo

Amor e ódio, luz e trevas, velhice e juventude, repressão religiosa e impulsos eróticos. Sob a direção de Carl T. Dreyer, contrastes se intensificam com a fotografia marcada em preto e branco de "Dias de Ira", de 1943.

O longa, tema do 26º volume da Coleção Folha Grandes Diretores do Cinema, que chega às bancas em 20 de janeiro, repercute o tema da intolerância em nome dos ideais de pureza. Quais são as razões que levam as mulheres serem tachadas de bruxas? As atitudes? Os amores e as paixões?

A trama de Dreyer narra a história de Anne (Lisbeth Movin), que vive em uma casa paroquial na Dinamarca com seu marido pastor, Asallon (Thorkild Roose), e a mãe dele. A chegada do filho de Asallon, do relacionamento anterior, a toca profundamente, a ponto de eles se apaixonarem.

Em choque, o pastor morre ao descobrir a relação, e Anne é acusada pela sogra de ter matado o marido com feitiçaria para ficar com o enteado. Como as bruxas de antigamente, a protagonista acaba condenada à fogueira.

Baseada na peça "Anne Pedersdotter", de 1908, de Hans Wiers-Jenssen, a obra foi filmada durante a ocupação nazista da Dinamarca em 1943, quando reimplantaram políticas de intolerância que pertenciam a um passado de trevas no continente.

Detalhista e obsessivo, o cineasta dinamarquês, morto em 1968 aos 79 anos, refletiu em sua obra a dura transição do cinema mudo para o sonoro e passou a ser conhecido por realçar as expressões faciais de seus personagens, que olham diretamente para a câmera e, consequentemente, para o espectador.

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