Escalada para representar o Brasil na próxima Bienal de Veneza, a artista Bárbara Wagner fará antes uma escala na capital alemã. Seu mais recente trabalho, "Rise", competirá pelo Urso de Ouro de melhor curta-metragem no Festival de Berlim.
A obra, feita em parceria com o parceiro, Benjamin de Burca, documenta o trabalho de jovens rappers e poetas, a maioria marginalizados, que se encontram num centro comunitário no subúrbio da cidade de Toronto. A dupla de artistas filmou as apresentações desses grupos numa estação de metrô de uma linha recém-inaugurada.
"As novas galerias subterrâneas de Toronto simbolizam a conexão do centro da cidade com zonas periféricas como a de Scarbourough, revelando a dimensão alegórica de sua escolha como cenário", diz o texto que apresentou a obra na galeria Fortes D'Aloia & Gabriel, em São Paulo, onde o trabalho foi exposto entre setembro e outubro do ano passado.
Em Berlim, "Rise" competirá com filmes como o argentino "Blue Body", de Manuel Abramovich, que aborda o trabalho de homens que se prostituem nas ruas de Berlim, e "Entropia", da húngara Flóra Anna Buda, que traz personagens em luta contra o que a diretora chama de "coerção capitalista e heteronormativa".
O Brasil também comparecerá ao Festival de Berlim com longas-metragens. "Marighella", de Wagner Moura, integra a programação principal. Já “Greta”, de Armando Praça, e “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes, farão parte da mostra Panorama, seção paralela à competição pelo Urso de Ouro.
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