Festival de Curitiba anuncia programação e volta de Regina Casé aos palcos

Distante do teatro há 25 anos, atriz retorna a parceria com diretor do lendário Asdrúbal Trouxe o Trombone

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A atriz Regina Casé, integrante do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, em retrato de 1977 - Folhapress
São Paulo

O Festival de Curitiba anunciou, na manhã desta quinta (7), a programação de sua 28ª edição. Com curadoria de Marcio Abreu e Guilherme Weber, o projeto neste ano faz menção à obra “A Insurreição que Vem”, do Comitê Invisível, escrito na França em 2007.

É uma obra que aponta um iminente colapso da civilização e do capitalismo e investiga questões sociais, relações de trabalho, a economia e a urbanidade.

"Se a crise do país parece dizer que já não existe linguagem para a experiência comum, nossos artistas apontam pistas e trilhas com reflexões significativas para o futuro quando põem em foco a crítica do presente, fazendo também da linguagem a possibilidade de transformação de uma nação", diz trecho do texto curatorial.

Um dos destaques na programação é o retorno de Regina Casé ao teatro depois de 25 anos, em parceria com Hamilton Vaz Pereira, que a dirigiu no lendário Asdrúbal Trouxe o Trombone, grupo dos anos 1970. 

Dentro da grade da Mostra Oficial, o Festival de Curitiba terá ainda duas séries especiais: uma com espetáculos do grupo Os Satyros, e outra com peças do diretor e dramaturgo curitibano Marcos Damasceno e sua mulher, a atriz Rosana Stavis.

 

PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA OFICIAL DO FESTIVAL DE CURITIBA

“Abujamra Presente”, dias 30 e 31 de março 
Reúne o elenco da companhia Os Fodidos Privilegiados.

“Aquele que Cai”, dia 27 de março
Criação do coreógrafo, bailarino e acrobata francês Yoann Bourgeois. 

“As Comadres”, dias 27 e 28 de março
A diretora francesa Ariane Mnouchkine em seu primeiro trabalho fora do Théâtre du Soleil.

“Dezembro”, dias 4, 5, 6 e 7 de abril
Texto do chileno Guillermo Calderón, com direção de Diego Fortes. 

“Dogville”, dias 2 e 3 de abril
Com Mel Lisboa e Fábio Assunção.

“Do Convento a Sala de Concerto”, dias 27 e 28 de março
A soprano brasileira radicada em Londres, Gabriela Laccio, se apresenta com as pianistas Cristina Capparelli.

“Elza”, dias 5 e 6 de abril
Sete atrizes interpretam o musical sobre Elza Soares. 

“Fedra”, dias 27 e 28 de março 
Criação inspirada na peça da dramaturga inglesa Sara Kane, “Amor de Phaedra”, dirigida por Eduardo Ramos e Michelle Moura.

“O Frenético Dancin’ Days”, dias 2 e 3 de abril
Musical com direção geral de Deborah Colker.

“Fúria”, dias 4 e 5 de abril
Criação da coreógrafa Lia Rodrigues.

“Ícaro”, dias 6 e 7 de abril
O ator Luciano Mallmann reflete sua própria experiência como cadeirante e artista.

“O Quadro de Todos Juntos”, dias 3 e 4 de abril  
Espetáculo do grupo mineiro Pigmalião Escultura que Mexe. 

“Quando Quebra Queima”, dias 4 e 5 de abril
Construída pelos estudantes que participaram de ocupações nas escolas contra o fechamento de centenas de salas de aula no país.

“Isto é um negro?”, dias 30 e 31 de março 
Dirigido por Tarina Quelho, artista com trajetória permeável entre dança, performance e teatro.

“Navalha Na Carne – Uma Homenagem a Tônia Carrero”, dias 1 e 2 de abril
Texto de Plínio Marcos, com menções à atriz que o encenou nos anos 1960.

“Navalha Na Carne Negra”, dias 3 e 4 de abril
Versão do texto de Plínio Marcos encenada com atores negros.

“Outros”, dias 28 e 29 de março
Parceria entre o Grupo Galpão e o dramaturgo e diretor Marcio Abreu.

“Odisseia”, dias 4 e 5 de abril
A Cia Hiato completa 10 anos de atividades visitando Homero.

“Orquestra Mundana Refugi”, dias 5 e 6 de abril
Conjunto formado por músicos brasileiros, imigrantes e refugiados vindos de países em situação de conflito social como Palestina, Congo, Guiné e Irã.

“Panorâmica Insana”, dias 30 e 31 de março
A diretora Bia Lessa articula textos de diversos autores para falar de gênero, miséria, violência e política. 

“Peça Para Adultos Feita Por Crianças”, dias 29 e 30 de março
Elisa Othake cria junto com cinco crianças uma versão de “Hamlet”.

“Relatos Efêmeros da França Antártica”, dias 31 de março e 1º de abril
Francisco Carlos, dramaturgo e diretor amazonense, faz um mergulho na complexa história colonial brasileira.

“O Recital da Onça”, dias 28 e 29 de março
Marca a volta aos palcos, após 25 anos, da atriz Regina Casé, e o reencontro com o diretor Hamilton Vaz Pereira.

“Sísifo.Gif”, dias 6 e 7 de abril
A dramaturgia de Gregório Duvivier e Vinícius Calderoni investiga como transpor para o palco a linguagem do gif.

“Tráfico”, dias 6 e 7 de abril
Sérgio Blanco, dramaturgo e diretor uruguaio radicado na França, cria história sobre garoto de programa.

“Tripas”, dias 6 e 7 de abril
Com texto e direção de Pedro Kosovski e atuação de Ricardo Kosovski, coloca em cena uma relação complexa entre pai e filho. 

“Uma Frase para Minha Mãe”, dias 1 e 2 de abril
Espetáculo de Ana Kfouri criado em diálogo entre o teatro e a literatura.
 

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