Ryan Adams é investigado pelo FBI por conversas de teor sexual com menor

O músico enviou textos sugestivos a jovem de 14 anos e se expôs para ela pelo Skype

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AFP

O FBI está investigando o caso em que o cantor Ryan Adams, 44, foi acusado de ter tido conversas sexualmente explícitas com uma fã menor de idade.

O cantor e compositor americano é acusado por várias mulheres de prática de abuso emocional e de se aproveitar de sua posição para obter sexo, segundo publicou, na quarta, o New York Times.

O jornal descreve um padrão de conduta manipuladora do artista, e inclui um testemunho de sua ex-esposa, a cantora e atriz Mandy Moore.

Segundo o jornal, que entrevistou mais de uma dezena de mulheres e teve acesso a conversas online do roqueiro, Adams enviou textos sugestivos a uma aspirante a baixista de 14 anos e se expôs para ela pelo Skype. 

homem tocando guitarra
Ryan Adams em show no SXSW, em Austin, em 2016 - Christopher Polk/AFP

O New York Times assegurou que as mensagens de cunho sexual continuaram por meses apesar de o músico não ter certeza de que a jovem fosse maior de idade.

Adams teria oferecido a várias mulheres a oportunidade de ascender na carreira e, ao mesmo tempo, tentou fazer sexo com elas para depois se irritar e algumas vezes ser agressivo quando rejeitado.

O músico, que conquistou fama como solista nos anos 2000, com o álbum de estreia "Heartbreaker", se desculpou, mas negou as acusações pouco depois de publicada a matéria. 

"A quem quer que tenha prejudicado, embora não tenha sido intencional, me desculpo profunda e abertamente", afirmou.

"Mas a imagem que este artigo mostra é perturbadoramente inexata", publicou em sua conta no Twitter. "Alguns dos detalhes estão distorcidos, alguns são exagerados e outros são diretamente falsos. Nunca teria interações inapropriadas com alguém que acreditasse ser menor de idade, ponto", destacou.

Moore, que ficou famosa como artista pop juvenil e agora atua na série "This Is Us", disse que Adams menosprezava sua carreira e que tinha uma "conduta de tipo destrutiva e doentia".

"A música era um lugar de controle para ele", assegurou a ex-mulher.

A indústria da música não foi no geral tão afetada pelo movimento #MeToo, que combate o assédio e o abuso sexual, como o cinema e a televisão americanos.

As acusações contra Adams surgem em meio a novos questionamentos do astro de R&B R. Kelly, de 52 anos, cuja carreira cresceu nas últimas décadas apesar das acusações contra ele por pornografia infantil, prática de sexo com menores e agressão sexual.

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