Após protestos, National Portrait Gallery recusa doação de US$ 1,3 milhão

Recurso seria doado por farmacêutica que produz analgésico apontado como viciante

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National Portrait Gallery, em Londres
National Portrait Gallery, em Londres - Natasha Wheatley/Flickr
São Paulo

Após ameaças de boicote da fotógrafa e ativista Nan Goldin, a National Portrait Gallery de Londres decidiu não aceitar uma doação de US$ 1,3 milhão da Sackler Trust, organização beneficente fundada pela família Sackler, proprietária da empresa farmacêutica que fabrica o analgésico OxyContin.

Composto por substância que deriva de opiáceo, o remédio tem sido apontado como agente que induz o paciente ao vício. O anúncio da National Portrait Gallery acontece em momento em que instituições de artes na Europa enfrentam pressão para rejeitar o financiamento de doadores controversos.

A Sackler Trust prometeu a doação ao museu em junho de 2016. Seria para apoiar uma reforma da galeria, a criação de um centro de aprendizagem e reinstalação de sua coleção permanente.

O projeto foi orçado em US$ 47 milhões. O cancelamento da doação foi confirmado por nota à imprensa britânica tanto pela instituição museológica como pela farmacêutica.

No mês passado, Goldin ameaçou boicotar a instituição se ela recebesse a doação e disse ao jornal inglês The Observer que recusaria uma retrospectiva de seu trabalho planejada pelo museu. 

A ação da fotógrafa contra a empresa se estende a outras instituições, como o Metropolitan e o  Solomon R. Guggenheim de Nova York, que foi alvo recente de protestos por ter recebido doações da empresa. A própria Nan Goldin diz ter sido viciada no medicamento.

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