Descrição de chapéu The Washington Post

Retratos de Barack e Michelle levam um milhão de pessoas a mais a museu

'Cadê os Obamas?' se tornou a pergunta mais ouvida por funcionários da National Portrait Gallery

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O pintor Kehinde Wiley, Barack Obama, Michelle Obama e a artista Amy Sherald
O pintor Kehinde Wiley, Barack Obama, Michelle Obama e a artista Amy Sherald - Saul Loeb/AFP
Peggy McGlone
Washington | The Washington Post

Justin Philip estava na fila pela segunda vez naquele dia, à espera de mais uma chance de fazer uma selfie com o retrato de Barack Obama pintado por Kehinde Wiley.

“É só por isso que estou aqui”, disse o morador de Nova York, falando de sua visita à National Portrait Gallery (Galeria Nacional de Retratos), em Washington. 

Os retratos do ex-presidente Barack Obama e da ex-primeira-dama Michelle Obama, esta de Amy Sherald, vêm atraindo milhões de visitantes por ano desde que foram colocadas em exposição. “Obama foi o primeiro presidente que significou alguma coisa para mim”, disse. 

Os retratos dos Obamas alçaram o National Portrait Gallery, um dos museus que integram o Instituto Smithsonian, à condição de uma das maiores atrações da cidade, elevando dramaticamente a frequência ao museu. 

Em 2018, o Old Patent Office Building, o prédio que abriga o National Portrait Gallery e o Museu Smithsonian de Arte Americana, recebeu o número recorde de 2,3 milhões de visitantes, mais ou menos 1 milhão a mais que em 2017.

As telas arrancam sorrisos, lágrimas e orações do fluxo constante de visitantes que fazem fila para vê-las. Alguns olham as pinturas com admiração, outros com reverência. Quase todos fazem fotos.

O retrato de Obama ocupa uma parede própria no final da galeria de “Presidentes da América”, com imagens dos ex-comandantes do país. 

O retrato de Michelle Obama por Amy Sherald está sendo exposto numa galeria do terceiro piso, ao lado de um retrato do cantor LL Cool J de Kehinde Wiley e retratos de Beyoncé, Denyce Graves e Toni Morrison.

Inaugurados com fanfarra em 12 de fevereiro de 2018, as duas pinturas chamaram a atenção, tanto pela escolha histórica de artistas afro-americanos quanto pela popularidade dos retratados. Encomendados pela galeria e pagos com recursos privados, as telas fazem parte do acervo permanente do museu.

Os retratos dos dois Obamas são a grande razão do aumento dramático no número de visitantes que o museu recebe, afirmam funcionários.

Antigamente, os visitantes procuravam o balcão de informações para perguntar “onde estão os presidentes?” “Agora”, segundo a voluntária Mary Francis Koerner, “eles perguntam ‘cadê os Obamas?’.”

Ivhannya Wong, que visitava a galeria pela primeira vez, disse que o retrato do ex-presidente mostra como os tempos mudaram. Quase todos as outras representações dos governantes são formais, até mesmo enfadonhas, ao contrário do 44º presidente pintado.

“É maravilhoso. Obama criou transformação, ele fez história”, disse.
 

Tradução de Clara Allain

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