BNDES corta 40% do patrocínio cultural, que cai para R$ 5 milhões

Dinheiro investido pelo banco estatal foi de R$ 8 milhões, em 2018; literatura será o foco agora

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Marca do BNDES na entrada da sede do banco, no Rio de Janeiro
Marca do BNDES na entrada da sede do banco, no Rio de Janeiro - Sergio Moraes/Reuters
São Paulo

O dinheiro investido pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) em patrocínios culturais teve um corte de quase 40% na previsão deste ano, disse a superintendente de relacionamento institucional do banco, Helena Tenorio Veiga de Almeida, em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (11).

As verbas, que foram de pouco mais de R$ 8 milhões em 2018, neste caíram para R$ 5 milhões —que serão investidos exclusivamente em projetos de literatura. Um edital para escolher as iniciativas será lançado em breve.

Em nota, a estatal diz que ainda serão escolhidos os eventos apoiados e os valores que serão destinados a cada um—no ano passado, o BNDES privilegiou projetos com entrada gratuita, que compuseram 77% do número de iniciativas apoiadas.

O banco não disse se, como costuma fazer, vai reservar 20% do orçamento para projetos convidados, ou seja, que não precisam passar pela competição do edital.

O BNDES é mais uma estatal a realizar uma revisão do seu patrocínio cultural sob o governo Bolsonaro. O mesmo deve acontecer com Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras e Correios —juntas, as empresas destinaram à cultura no ano passado ao menos R$ 128 milhões.

Além disso, o governo deve anunciar em breve um novo novo teto para projetos financiados pela Lei Rouanet, o que deve prejudicar os musicais no teatro em especial.

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