Coluna de Fernanda Torres passa a ser publicada aos domingos

Colunista irá revezar o espaço com o médico e escritor Drauzio Varella

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A atriz, escritora e roteirista Fernanda Torres deixa de escrever às sextas, no miolo da Ilustrada, e passa a ter seus textos publicados aos domingos, quinzenalmente, na contracapa do caderno. A colunista irá revezar o espaço com o médico e escritor Drauzio Varella.

"As pessoas que escrevem aqui leem Adorno", afirma, citando um dos expoentes da escola de Frankfurt. "Eu até tentei, mas não consegui", ri.

A colunista Fernanda Torres - Ricardo Borges/Folhapress
 

Oficialmente romancista desde 2013, quando lançou o primeiro livro, "Fim", Torres publica seus textos na imprensa há mais de dez anos —na Folha, está desde 2011, ano do primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.

Na época, falava sobre um Brasil diferente do atual. "Mudou o humor da nação", diz a escritora, descrevendo-o como ora mais bélico, ora dividido em bolhas.

"Você sempre tem que escrever pensando em todo mundo que pode ofender, e se o desejo é ofender ou não. Era mais fácil antes."

Na busca por um caminho do meio, ela se vê o tempo inteiro atropelada pela política.

É o caso do texto publicado neste domingo (7), que mudou de direção com a notícia de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fora chamado de "tchutchuca" por um deputado na quarta-feira (3), durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça.

"Falo isso com um certo incômodo", diz. "Estamos passando por um momento tão crítico que chega a ser difícil falar apenas de cultura."

O desafio é, então, continuar a discutir aquilo que lhe é próprio —o teatro, o cinema, a televisão, a literatura, a música, o cotidiano— sem perder o contexto do país.

E sem deixar suas outras atividades. Após entregar no final do ano passado o último tratamento da adaptação de "Fim" para o cinema e gravar mais uma temporada de "Sob Pressão", drama da Globo, ela agora escreve um novo projeto. Para equilibrar tantos pratos, ela afirma que faz "como Jack, o Estripador: por partes".

O escritor Cristovão Tezza deixa de ser colunista da Ilustrada e passa a escrever resenhas literárias para o caderno.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.