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Cinema

'De Pernas Pro Ar 3' esgota fórmula e amontoa clichês

Mesmo com talento de Ingrid Guimarães é difícil extrair humor de um tema desgastado

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De Pernas pro Ar 3

  • Quando Estreia nesta quinta (11)
  • Classificação 14 anos
  • Elenco Ingrid Guimarães, Bruno Garcia, Denise Weinberg, Cristina Pereira, Samya Pascotto
  • Produção Brasil, 2018
  • Direção Julia Rezende

Veja salas e horários de exibição

No primeiro “De Pernas pro Ar” (2010), Alice (Ingrid Guimarães) se lança à vida de empreendedora. Depois de ser demitida, junta-se a uma amiga para investir no mercado de sex toys. 

No segundo filme da série, de 2012, a empresa dela se torna um fenômeno de vendas e ganha filiais fora do país.

Eram comédias que funcionavam como diversão leve, muito por conta do talento de Ingrid Guimarães.

Os sinais de esgotamento da fórmula são evidentes neste terceiro filme, que estreia nesta quinta (dia 11). Desta vez, Alice decide transferir o comando da empresa para a sua mãe, Marion (Denise Weinberg), a fim de dedicar mais tempo à família.

Embora a protagonista esteja afastada dos negócios, continuam as piadas com bonecos infláveis, calcinhas vibratórias e geringonças semelhantes. 

Ingrid conquistou a posição de queridinha do cinema cômico brasileiro e, como tal, volta a se empenhar. Mas é difícil extrair humor de um tema desgastado. 

Além do roteiro, o entrave está na direção. Com apenas 33 anos, Julia Rezende tem conseguido filmar, em média, um longa-metragem por ano desde 2013, uma proeza. 

No entanto, com filmes na linha de “Como É Cruel Viver Assim” (2017) e este “De Pernas Pro Ar 3”, ela corre o risco de se unir a uma massa de cineastas genéricos, sem personalidade.

O modo como Julia filma cidades como Rio e Paris em nada se distingue do que as telenovelas fazem há décadas. É um amontado de clichês.

Existem momentos divertidos, como as participações de Denise Weinberg e a dança de Alice com uma projeção de Cauã Reymond ao som de Sidney Magal.

A jovem atriz Samya Pascotto se sai bem no papel da atrevida Leona, que desponta no mercado dos gadgets sexuais.

É pouco para quase duas horas de filme. 

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