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Kings of Leon encerra 2º dia de Lollapalooza com show regular

Rock do quarteto americano que fez oitavo show no Brasil é meio careta

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São Paulo

Kings of Leon

A segunda noite do Lollapalooza Brasil, num dia que chegou a ser ameaçado de interrupção e cancelamento por causa de chuvas e raios à tarde, teve uma arriscada escalação de headliner, a principal atração do maior palco do evento. 

O quarteto americano Kings of Leon não é exatamente um nome totalmente consagrado no rock. E seu show foi apenas regular.

Num festival com representantes de vários gêneros de rock e pop, o som do Kings of Leon é um tanto quadradinho demais. A banda, formada em 2000 por três irmãos e um primo da família Followill, é um exemplo bem acabado dos grupos sulistas americanos, um rock de garotos brancos e meio duros de cintura.

Depois de alguns álbuns iniciais realmente travados nesse rock caipira, a banda deu seu grande passo para a popularidade mundial com "Only By the Night". Esse álbum de 2008 permitiu ao quarteto misturar outros estilos e chacoalhar um pouco mais seu som.

Esse lançamento elevou o Kings of Leon ao patamar de grande atração de festivais pelo mundo todo. Em suas sete apresentações anteriores no Brasil, a banda também foi figurinha fácil em festivais. Tocou no Tim, no Planeta Terra e no SWU.

A força de "Only By the Night" ficou clara no show do Lolla, com meia dúzia de canções extraídas desse álbum no repertório. Teve muita coisa também de "Come Around Sundown" (2010), que veio para consolidar o nome da banda na cena mundial, e de "Walls" (2016), seu lançamento mais recente. Este é um disco bom, mas a recepção foi fria, como se a banda estivesse meio sem rumo. Algumas músicas funcionam bem ao vivo, outras não dão muito certo.

Kings of Leon faz tudo certinho no palco e tem bons momentos em rocks mais acelerados. Vale dizer que o grupo demonstra uma boa noção para montar um repertório no palco. As músicas vão ficando gradualmente mais poderosas, encorpadas.

Mas, ainda assim, é um rock meio careta. Apesar de ser adorado pelas garotas, é evidente a falta de carisma do vocalista Caleb Followill.

Num festival no sul dos Estados Unidos, o Kings of Leon é mesmo um rei. Mas, tentando agradar uma plateia brasileira já cansada de muitas horas dançando vários gêneros de rock e pop, a família Followill ficou no meio do caminho.
 

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