K-pop cresce nas paradas em parcerias com pop americano

Grupo BTS, que faz show neste fim de semana em SP, chegou ao oitavo lugar graças a parceria com a americana Halsey

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São Paulo

Em 24 horas, “Boy With Luv”, hit do grupo de pop coreano BTS em parceria com a cantora americana Halsey, acumulou 78 milhões de visualizações em seu canal do YouTube. Já em 37 horas e 37 minutos, a música chegou aos 100 milhões de visualizações, somando-se a outros 17 vídeos da banda a alcançar a marca. Dois recordes que, até então, eram da BlackPink, outra febre no k-pop.

Semeado graças às redes sociais, o k-pop atrai uma legião de fãs que, ano a ano, empurra os números da indústria fonográfica para o Oriente. Além dos recordes no YouTube, BTS e BlackPink começaram a aparecer nas principais paradas ocidentais.

Em 2017, a primeira música foi “DNA”, do BTS, que chegaria a 67ª posição em sua semana de estreia, mantendo-se por outras três na Hot 100 Songs da Billboard. Já as meninas do BlackPink apareceriam um ano mais tarde com “DDU-DU DDU-DU”, ficando uma semana em 55º. 

 

Mais tarde, os dois grupos voltariam a aparecer com outros singles, mas foi a partir de parcerias com artistas ocidentais que a indústria que movimenta cerca de R$ 20 bilhões por ano ao redor do mundo se tornou mais frequente nas paradas americanas.

Quando Psy, do hit “Gangnam Style”, lançou “Hangover” em 2014, em parceria com o rapper Snoop Dogg, ficou com a 26ª posição na Billboard. 

Acampamento na praça Conde Francisco Matarazzo Junior, ao lado do Allianz Parque, para show da banda coreana BTS - Zanone Fraissat/Folhapress

Para o produtor cultural Lucas Jötten, o ponto de virada foi quando o DJ americano Steve Aoki lançou em 2017 o remix da música do BTS “MIC Drop”, que estreou em 28º lugar na Billboard e em primeiro no iTunes do Brasil, EUA e Canadá. Jötten é fundador da K.Ö. Entertainment, que organiza eventos de k-pop no Brasil.

“Boy With Luv” alcançou a oitava posição em sua semana de estreia na Billboard, a mais alta do BTS até o momento.

Não é de hoje que a Coreia do Sul tenta emplacar no mercado ocidental. No começo dos anos 2000, o grupo Wonder Girls e a cantora BoA  fizeram parcerias com Akon, Howie Dorough, dos Backstreet Boys, e com o Westlife, em o mesmo sucesso. 

Esse movimento de aproximação na música faz parte do soft power do governo coreano. “O objetivo não é só exportar cultura, mas, por meio do k-pop e das novelas, fazer com que as pessoas consumissem maquiagem, comida e tecnologia. A cultura é só um cartão de entrada”, diz Jötten.

O BTS foi o primeiro grupo de k-pop a ganhar o prêmio de melhor duo ou grupo do Billboard Awards. Já o BlackPink chegou ao festival Coachella deste ano e assinou com a Interscope Records, um dos principais selos americanos.

BTS

  • Quando sáb. (25) e dom. (26), às 19h
  • Onde Allianz Parque, av. Francisco Matarazzo, 1.705
  • Preço de R$ 295 a R$ 975
  • Classificação 16 anos
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