Morre André Midani, produtor de sucessos da MPB, aos 86 anos

O executivo foi fundamental para a promoção do tropicalismo ao rock brasileiro

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Maurício Dehò
São Paulo | UOL

O executivo de gravadoras e produtor musical André Midani morreu nesta quinta-feira (13), no Rio de Janeiro, aos 86 anos. Um dos maiores nomes da indústria fonográfica, tendo trabalhado com artistas de sucesso da bossa nova ao rock, ele estava na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea.

A informação foi confirmada ao UOL pelo filho, Philippe, e pela assessoria de imprensa do hospital.

Ele havia recebido um diagnóstico de câncer há cerca de quatro meses e morreu em decorrência desta doença, segundo o filho. "Ele estava com idade avançada e há alguns meses vinha lidando com um câncer", afirmou Philippe, por telefone.

Midani teve diversos trabalhos de destaque, entre eles como presidente da Warner para a América Latina, e desde os anos 1960 tinha grande importância na cena musical.

André Midani nasceu em 25 de setembro de 1932, em Damasco. Aos três anos de idade, foi morar na França, onde começou a trabalhar com música na gravadora Decca.

Midani se mudou para o Brasil em 1955 e, buscando emprego na mesma área, conseguiu trabalhos na Odeon e na Capital Records. Além de lançar as bandas internacionais, sua primeira responsabilidade, ainda na década de 1970, era lidar com a música brasileira.

Assim, passou a promover artistas da bossa nova, que ganhou fama internacional com João Gilberto e Tom Jobim. Mais tarde, trabalhou com outras lendas da música nacional como Elis Regina, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Gal Costa e Os Mutantes.

Na década de 1980, passaram por suas mãos a safra que fez sucesso no rock nacional, com Lulu Santos, Titãs e Barão Vermelho.

Com olhar crítico e intuição apurada, foi da bossa nova, aos Tropicalistas, do rock nacional a Anitta. Em 2015, Midani trabalhou com a funkeira no projeto "Inusitado", quando reuniu no mesmo palco Arnaldo Antunes, Arlindo Cruz e Anitta.

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