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Agatha Christie tece trama de espionagem sobre jovem desaparecida

'O Adversário Secreto' mostra primeiro caso desvendado por casal de detetives que buscam diversão e dinheiro

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São Paulo

Não há dúvida que Agatha Christie tinha carinho por Tommy Beresford e Tuppence Cowley, um casal de detetives que aparece em cinco livros da autora britânica.

“O Adversário Secreto”, oitavo volume da Coleção Folha O Melhor de Agatha Christie, chega às bancas no próximo domingo (14) para trazer ao leitor a primeira história de uma dupla que entra no ramo da investigação em busca de diversão e dinheiro.

Lançado em 1922, é o segundo romance publicado pela escritora, dois anos depois da estreia, com “O Misterioso Caso de Styles”, protagonizado pelo detetive belga Hercule Poirot, personagem de 40 de seus 80 livros.

Tommy e Tuppence apareceriam de novo em quatro volumes: a coletânea de contos “Sócios no Crime” (1929), e os romances “M ou N?” (1941), “Um Pressentimento Funesto” (1968) e “Portal do Destino” (1973).

Hercule Poirot e a detetive amadora Miss Marple,  segunda personagem mais frequente da autora, em 12 romances e dois livros de contos, são tipos que não envelhecem com o passar dos anos. Não seguem uma ordem cronológica em suas aventuras. Desde suas primeiras aparições nos livros eles são pessoas maduras, não há uma preocupação em informar suas idades. Miss Marple seria já sessentona em todos os casos que investigou.

Tommy e Tuppence fogem a essa configuração. Em “O Adversário Secreto”, eles são jovens desempregados depois da Primeira Guerra Mundial e decidem abrir uma espécie de agência de detetives, mesmo sem gabarito para prestar um serviço de qualidade. 

Nas outras aparições da dupla, Tommy e Tuppence têm a idade conquistada no intervalo entre os romances. Quando chegam a “Portal do Destino”, em 1973, estão idosos e vão se aposentar.

Voltando a “O Adversário Secreto”, eles se envolvem com o desaparecimento de uma jovem, Jane Finn, que teria guardado um importante segredo de guerra. Em 1915, ela sobreviveu a um ataque desferido pelos alemães ao navio em que estava. 

Antes de escapar, Jane teria recebido fortuitamente os documentos que ganhariam vital importância para o governo inglês.

Na verdade, é um romance de espionagem, um gênero no qual Agatha Christie se arriscou algumas vezes. Nessas incursões, há uma evidente busca por narrativas com humor.

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