Louvre retira nome de mecenas relacionados à crise de opioides nos EUA

Família Sackler financia principais museus do mundo que estão renunciando às doações

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Paris | AFP

O museu do Louvre, em Paris, ocultou recentemente o nome da família Sackler, ricos mecenas americanos cujo laboratório farmacêutico é acusado de ser o principal responsável da crise de opioides nos Estados Unidos.

Nesta quarta (18) os cartazes de várias salas dedicadas às antiguidades orientais estavam cobertos com fita adesiva para esconder a menção "ala Sackler", gravada nas placas. 

Questionado, o museu não soube precisar desde quando os nomes estavam tapados. 

protesto com bandeira vermelha
Ativistas protestam, no dia 1 de julho, contra a relação do Louvre e a família mecenas Sackler - Stephane de Sakutin/AFP

Esta seção do Louvre tinha o nome da família americana desde que esta fez uma doação ao museu, em 1996. No início de julho, a associação americana Pain Addiction Intervention Now (intervenção contra dependência de medicamentos) organizou uma manifestação em frente ao museu para pedir a mudança de nome da ala em questão. 

Nos últimos meses, a National Portrait Gallery e a Tate Gallery de Londres, o Metropolitan Museum e o Guggenheim de Nova York renunciaram às doações dos Sackler em consequência da crise dos opioides, que deixou milhares de mortos nos Estados Unidos. 

O laboratório desta família, Purdue Pharma, fabrica o poderoso analgésico opiáceo OxyContin (oxicodona) e é acusado de ter incitado o corpo médico a receitá-lo, embora soubesse que este causa dependência química.

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