Narrativa curta embala enredo intrincado de Agatha Christie

'O Caso do Hotel Bertram' precisa ser acompanhado com atenção redobrada

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São Paulo

Miss Marple, a encantadora senhora que aparece em 14 livros de Agatha Christie, pode ser chamada de detetive amadora, claro. Mas, acima de tudo, ela é uma observadora do comportamento humano, que gosta de reparar em pessoas e suas reações. E Miss Marple tem muita gente para observar em “O Caso do Hotel Bertram”.

Volume número 11 da Coleção Folha O Melhor de Agatha Christie, que chega às bancas no domingo (4), o romance foi lançado originalmente em 1965, 11 anos antes da morte da escritora. Nessa época, então com 75 anos, a autora admitia que queria se dedicar apenas a escrever histórias mais breves e, em suas palavras, “mais tranquilas”.

Bem, Miss Marple pode manter seu ritmo sereno e no enquanto passa férias no luxuoso e aristocrático Hotel Bertram, lugar que a encantava quando era criança. Mas definitivamente não há tranquilidade no belíssimo prédio.

A presença de uma destemida mulher aventureira, chamada Bess Sedgwick, sempre seguida por fãs e gente da imprensa, agita aquele lugar.

As coisas esquentam mesmo quando um religioso desaparece no hotel, roubos misteriosos intrigam a polícia e um porteiro é baleado. E muita coisa dessa lista pode estar relacionada com a senhora Sedgwick e com a sua filha, a jovem Elvira.

O enredo exigiu trabalho de Agatha Christie e também precisa ser acompanhado com atenção redobrada por seus leitores.

Apesar de ser um romance curto, “O Caso do Hotel Bertram” mantém a opção da autora por muitos personagens espalhados em vários núcleos diferentes da narrativa. Muita coisa acontece e, como sempre em Agatha Christie, quase nunca existe um fato na trama que não acabe sendo importante para resolver o mistério.

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