Em gibi, Brasil vira inimigo dos X-Men, junto com Irã, Venezuela e Coreia do Norte

Na história, país rejeita acordo comercial com nação soberana de mutantes e passa a ser considerado 'hostil'

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São Paulo

Brasil, Venezuela, Irã e Coreia do Norte passaram a ser considerados países hostis pelos X-Men.

No gibi “House of X”, criado por Jonathan Hickman, os mutantes fundam uma nação soberana, Krakoa. Na edição número cinco da saga, a ilha fictícia firma um acordo comercial com mais cerca de cem países, devido a sua capacidade de produzir medicamentos para mutantes.

Ao contrário da maioria dos países, o Brasil é uma das poucas nações que rejeitam o acordo com Krakoa, por motivos políticos, junto com Rússia e Venezuela. Coreia do Norte e Irã se dizem contra por razões "ideológicas".

Página de 'House of X'
Página de 'House of X' - Reprodução

No documento fictítico intitulado "Diplomacia mutante", lê-se: “Toda a diplomacia atual —e o futuro da segurança e soberania de Krakoa— depende de relacionamentos com nações humanas, centrando em sua demanda por produtos farmacêuticos mutantes e na capacidade de Krakoa de produzí-los."

"Mais de cem nações aceitaram um acordo comercial com Krakoa. E enquanto as negociações estão em andamento com a maioria das nações restantes do mundo, algumas rejeitaram as ofertas de Krakoa. Nações que rejeitaram o tratado comercial com Krakoa são consideradas naturalmente hostis.”

Wakanda também recusa o acordo, mas por não precisar de remédios para mutantes.

Página do gibi 'House of X'
Página do gibi 'House of X' - Reprodução

Na vida real, governantes brasileiros e super-heróis também se desentenderam. O motivo não era um acordo comercial para medicamentos, mas um beijo.

No gibi “Vingadores - A Cruzada das Crianças”, dois personagens masculinos, completamente vestidos, se beijam.

Após imagens circularem por grupos de WhatsApp, a notícia chegou à equipe do prefeito Marcelo Crivella, que publicou um vídeo em suas redes sociais. Nele, o prefeito anuncia que censuraria a HQ, mandando recolher os exemplares vendidos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.

Segundo o prefeito, o beijo seria considerado conteúdo sexual para menores de idade, o que iria contra o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Fiscais chegaram a ser enviados à Bienal pela prefeitura, para verificar a denúncia. Após decisões da Justiça do Rio que autorizavam a censura, o STF derrubou a medida.

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