Descrição de chapéu Rock in Rio

Mais encorpada, Cidade do Rock ganha formato de parque de diversões

Rock in Rio terá seis espaços a mais espalhados num mapa circular, incluindo a Nave e o palco Favela

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Rio de Janeiro

Aceite: você não vai conseguir ver tudo. As atrações são muitas, o lugar é enorme e as luzes e sons desviam a atenção a todo segundo. E nem estamos falando de música, mas das outras dezenas de atividades que acontecem simultaneamente aos shows.

Montada pela segunda vez no Parque Olímpico, na zona oeste carioca, a Cidade do Rock chega a 2019 maior e mais encorpada, com 17 espaços diferentes —seis a mais do que em 2017—, espalhados em um mapa circular que permite que o público passeie num fluxo contínuo.

A impressão é de que se está em um parque de diversões, e de fato o lugar foi inspirado nos principais do mundo. O formato diminui as distâncias entre uma atração e outra, mas elas continuam longas, dependendo de onde você queira ir.

Da entrada até o palco Mundo, por exemplo, dá quase 1 km. É ali que Drake, Foo Fighters, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Iron Maiden, Pink, Muse e Imagine Dragons encerrarão cada uma das sete noites do festival perto da 1h, seguidos pela clássica queima de fogos.

Se seu foco são esses shows, desista dos brinquedos, a não ser que você tenha pés de aço. Para reservar as tradicionais roda-gigante e tirolesa, dar loopings na montanha-russa ou perder a voz no Mega Drop (elevador) é preciso chegar o mais próximo possível da abertura dos portões, às 14h.

Entre as novas atrações está a Nave, que transformou o velódromo da Olimpíada num espetáculo tecnológico de 20 minutos com projeções e interações sobre natureza e diversidade. Vale separar um tempo para passar por ali, especialmente com crianças.

 

O Espaço Favela, pensado depois que uma guerra entre traficantes estourou na Rocinha durante a última edição, traz artistas de comunidades cariocas como o grupo de teatro Nós do Morro e as batalhas de slam (poesia). A cenografia, bastante detalhista e um tanto estereotipada, inclui “biroscas” onde microempreendedores vão vender comidas locais.

De todas essas áreas, não é difícil achar um dos 11 banheiros com bebedouros ou 59 pontos de alimentação disponíveis para as 100 mil pessoas esperadas a cada dia. Mas esqueça a economia e as artérias: as esfihas, pizzas, hambúrgueres e frituras saem por no mínimo R$ 20, e a cerveja por R$ 13.

Para chegar, a opção mais indicada é o transporte público. É só pegar o metrô até a estação Jardim Oceânico, na própria Barra da Tijuca, e de lá embarcar na linha expressa do BRT, corredor de ônibus que deixa o público perto da cidade do rock. Lembre de comprar e carregar o Riocard, tipo de bilhete único, com verba suficiente para ida e volta.

As ruas no entorno estarão fechadas para carros e táxis, mas a Uber terá um espaço reservado na região. Basta digitar “Parque Olímpico” ou “Parque dos Atletas” no aplicativo. Agora, prepare as pernas, porque são quase mais 2 km entre esse ponto e a entrada.

Uma terceira alternativa, para que tem mais verba, é um ônibus exclusivo agendado pelo site do festival que leva e deixa os visitantes em 17 pontos espalhados pelo Rio, Niterói e Petrópolis. São R$ 100 pela espécie de “frescão”, no bom carioquês.

Se não quiser gastar lá dentro, você pode levar alimentos industrializados, sanduíches ou frutas em saquinhos transparentes e garrafas pet de água sem tampa, respeitando um limite de cinco itens por pessoa. Deixe em casa qualquer outro tipo de garrafa, pote ou lata, além de guarda-chuva e pau de selfie.

Casaco e capa de chuva são recomendados considerando o vento que bate à noite e a não tão animadora previsão do tempo, pelo menos nestes primeiros três dias. Mas talvez você se arrependa cada vez que se juntar a um aglomerado de gente. Ah, e use filtro solar.

 

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