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Show com Metallica e orquestra leva o rock a um outro patamar

'S&M2' é um filme que mostra o encontro da banda com a Orquestra Sinfônica de San Francisco

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S&M2 - Metallica & The San Francisco Symphony

  • Quando Exibição nesta quarta (9) no circuito Cinemark. Informações em cinemark.com.br
  • Direção Wayne Isham

Metallica é uma banda de rock que se leva muito a sério. Suas canções são pesadas e graves, quase épicas. Por isso, transportadas ao ambiente de uma orquestra sinfônica elas podem soar como a trilha sonora do fim do mundo.

É mais ou menos isso que os fãs do grupo americano vão encontrar nesta quarta (9) em 3.000 salas de cinema espalhadas pelo mundo. "S&M2" é um filme de duas horas e meia que mostra o encontro do Metallica  com a Orquestra Sinfônica de San Francisco. Na verdade, o segundo encontro. Há 20 anos, pela primeira vez aconteceu essa reunião do heavy metal com a música clássica, com esses mesmos parceiros.

Nesse intervalo de tempo, o Metallica se consolidou como um dos grandes nomes da história do rock pesado. Mas talvez não tenha feito álbuns tão relevantes quanto aqueles que já tinha produzido quando resolveu tocar com a Sinfônica pela primeira vez. 

Por isso, nessa nova apresentação, que foi gravada durante shows nos dias 6 e 8 de setembro, no gigantesco Chase Center, as músicas que acaban conquistando mais a plateia são as antigas.

O Metallica tem uma sacola de hinos pesados, que guarda para uma sequência eletrizante no final da apresentação. Mas o filme é bacana desde o início, quando mostra os bastidores da concepção desse encontro.

Para os fãs da banda, é uma oportunidade de acompanhar os ídolos mais de perto e ver James Hetfield, Lars Ulrich, Robert Trujillo e Kirk Hammett empolgados com o projeto, falando pelos cotovelos e entusiasmados. 

Quando o show começa, o impacto é muito forte. Primeiro, pelas músicas, que, encorpadas com as dezenas de músicos da Sinfônica, soam ainda mais devastadoras do que as versões habituais nos shows da banda. 

Além disso, as imagens são espetaculares. A produção não economizou no número de câmeras, a edição é ágil, e a cada momento o espectador é surpreendido com um ângulo diferente. 

A seleção do repertório pinça músicas de várias fases da banda, dando preferência àquelas que têm o andamento das frases de guitarra ficando mais rápidos conforme a canção vai avançando. É uma característica de boa parte do repertório do Metallica, e funciona muito bem na proposta de grandiosidade do projeto. 

Os músicos estão tagarelas. Lars Urich passa um tempo apontando cada bandeira de país que ele vê pela plateia, agradecendo a vinda dos fãs para o evento. Ele acerta a identificação de todas as bandeiras. “Eu era bom aluno de geografia na escola“, diz o baterista. O Brasil está lá, com várias bandeiras. 

Se a coisa vai bem desde o inicio, o final é apoteótico. Ali se concentram músicas como “Nothing Else Matters”, “Master of Puppets”, “One” e, no encerramento, “Enter Sandman”. 

Para os fãs, é um programa obrigatório ver esse filme. Mas até que nem gosta tanto de Metallica pode apreciar uma poderosa apresentação que leva o rock a um outro patamar.

O filme será exibido apenas nesta quarta nos cinemas, e só deverá ficar disponível em streaming e Blu-ray em data a ser anunciada.

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