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Cinema

Violento e desagradável, 'Os 3 Infernais' é apenas para fãs incondicionais

Para gente normal, não é bom cinema de horror, é apenas horroroso

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Rob Zombie

  • Quando Estreia na quinta (24)
  • Elenco Sheri Moon Zombie, Bill Moseley, Sid Haig
  • Produção EUA, 2019

Rob Zombie apareceu como ídolo do rock, fazendo com sua banda White Zombie um heavy metal tenebroso o suficiente para justificar o nome artístico. Depois de alguns discos de som apocalíptico, decidiu se dedicar a sua maior paixão: o cinema de horror.

E, sem dúvida, os filmes dirigidos por ele realmente oferecem coisas horrorosas. Já são sete longas na carreira, além de alguns clipes musicais e curtas. Entre eles, dois filmes que ressuscitaram a franquia "Halloween", em 2007 e 2009. Às vezes ele acerta a mão, mas isso não é comum.

Agora, seu novo filme, "Os 3 Infernais", faz um resgate do início de sua aventura no cinema. O diretor retoma os personagens de seus dois primeiros longas, "A Casa dos 1.000 Corpos" (2003) e "Rejeitados pelo Diabo" (2005), que mostram assassinatos em abundância.

Os protagonistas, novamente, são os "irmãos" da família texana Firefly. Captain Spaulding, Otis Driftwood e Baby são mesmo irmãos de sangue? Isso nem faz diferença. De qualquer modo, são unidos pelo desejo insano de matar o maior número de pessoas que encontrarem em seu caminho.

A história se passa alguns anos depois dos acontecimentos de "Rejeitados pelo Diabo". Os três estão separados. Os homens continuam matando e fogem da polícia, e Baby está num presídio feminino. Lá, ela rebate com extrema violência as tentativas de agentes penitenciários e outras detentas que querem matá-la. E vai deixando um pilha de cadáveres dentro da instituição.

Os irmãos resgatam Baby, e todos partem para o México, atrás de diversão. No caso deles, isso se traduz em bebida, drogas, sexo e mais vítimas para trucidar. Ao parar numa cidadezinha, o acaso vai colocar Captain Spaulding frente a frente com um chefe de cartel com quem tem contas para ajustar.

E tome cenas degradantes. Rob Zombie não faz terror com roteiro sofisticado. Na verdade, roteiro é o de menos. É uma sequência de confrontos dos irmãos infernais com os capangas do traficante. E o filme, como gosta o diretor, traz um amontoado de gente feia em sexo farto, seguido de derramamento de sangue. São hectolitros de tinta vermelha e muita criatividade para filmar assassinatos em ângulos de câmera inusitados.

Difícil analisar atuações. Sid Haig e Bill Moseley, como Spaulding e Otis, não têm muito o que fazer a não ser dar risadas diante das mortes muito revoltantes que seus personagens oferecem aos inimigos. Por "inimigos", entenda-se qualquer ser humano com o qual eles não vão com a cara.

Baby, loira, bonita, tatuada e maluca, tem uma interação maior com outros personagens, o que dá mais chances para Sheri Moon Zombie, a ex-modelo que o diretor transformou em atriz. E também sua mulher.

Violento e, acima de tudo, desagradável, "Os 3 Infernais" é recomendado apenas a fãs incondicionais de Zombie e seu teatrinho de mortes absurdas. Para iniciados, pode existir um lado divertido nessa carnificina. Para gente normal, não é bom cinema de horror, é apenas horroroso.
 

 
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