O cineasta Roman Polanski, acusado pela francesa Valentine Monnier de tê-la estuprado em 1975, rejeita a acusação “com a maior firmeza”, disse neste domingo o seu advogado, que está estudando uma “ação judicial” em resposta ao testemunho.
“Polanski rejeita firmemente essa acusação de estupro”, afirma Hervé Temime. “Estamos trabalhando em ações legais para responder a esta publicação”, diz o advogado.
Temime afirmou que o cineasta, cujo próximo filme “J'Accuse” sobre o caso Dreyfus estreia na quarta-feira (13) na França, “não participará do tribunal midiático”.
Em depoimento publicado pelo jornal Le Parisien, Monnier, fotógrafa, ex-modelo e que atuou em alguns filmes nos anos 1980, acusa Polanski de tê-la agredido e estuprado em 1975 na Suíça, aos 18 anos de idade.
Essa acusação se adiciona a de outras mulheres nos últimos anos, igualmente negadas por Polanski.
Monnier ressalta que não apresentou uma queixa desses fatos, já prescritos, mas decidiu revelá-los publicamente devido à estreia de “J'Accuse” na França.
“Gostaria de lembrar que essa acusação aponta para fatos de 45 anos atrás”, escreve. “Se esses fatos estão prescritos há mais de 30 anos, é também porque, após esse período, é impossível coletar todos os elementos necessários para uma investigação”, acrescenta.
Monnier recebeu apoio da atriz francesa Adèle Haenel, que recentemente acusou o diretor Christophe Ruggia de “toques” e “assédio sexual” quando era adolescente.
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