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Alemã Bertelsmann assume controle total da Penguin Random House

No Brasil, grupo tem participação majoritária na Companhia das Letras

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Paul Sandle
Londres | Reuters

A britânica Pearson, maior empresa de educação do mundo, está vendendo a sua participação de 25% no conglomerado editorial Penguin Random House para a alemã Bertelsmann. No Brasil, a Penguin tem o controle majoritário do grupo Companhia das Letras.

O acordo gira em torno de US$ 675 milhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) e será o último movimento de John Fallon, que deixará a Pearson em 2020 após sete anos como diretor-executivo.

A Penguin, fundada em 1935 por Allen Lane e seus irmãos, revolucionou o mercado editorial vendendo brochuras por apenas seis centavos. Foi comprada pela Pearson em 1970, uma década depois da publicação de "O Amante de Lady Chatterley", livro de D.H. Lawrence.

A Penguin Random House, que publicou as memórias de Michelle Obama e inclui Tom Clancy e Margaret Atwood em sua lista de autores, é o maior grupo editorial do mundo e registrou receita de US$ 3,7 bilhões (R$ 15 bi) e lucro operacional de US$ 467 milhões (R$ 1,9 bi) em 2018.

Livros da editora Penguin em livraria de Londres
Livros da editora Penguin em livraria de Londres - Stefan Wermuth/Reuters

O diretor-executivo da Bertelsmann, Thomas Rabe, disse que possuir todo o grupo editorial, que tinha 481 títulos na lista de best-sellers do New York Times no ano passado, foi um "marco para a Bertelsmann".

Ele disse que a Bertelsmann continuará a expandir a Penguin Random House com novas aquisições.

Do lado da Pearson, o executivo John Fallon procurou transformar a empresa em líder mundial em educação digital, vendendo o jornal Financial Times e uma participação de 50% na The Economist e transformando a Penguin em uma parceria com a Bertelsmann em 2013.

O presidente da Pearson, Sidney Taurel, liderará a busca por um novo executivo e disse que Fallon chefiou o grupo em um período de "alguns mercados muito desafiadores". Fallon afirmou que ainda há muito o que fazer, mas que o grupo está fazendo um bom progresso, com mais de 75% da empresa crescendo.

"Agora estamos no estágio em que é hora de fazer a transição para um novo líder, que pode trazer uma nova perspectiva", disse ele.

O diretor de investimentos da Broker AJ Bell's, Russ Mould, disse que a Pearson estava "avançando em direção a um futuro mais digital, mas que, ao longo de seus sete anos de mandato, Fallon não conseguiu conduzir essa mudança com rapidez suficiente".

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