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Itamar Franco tinha medo de fantasmas do Alvorada

O supersticioso político é tema do 24º volume da Coleção Folha - A República Brasileira

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São Paulo

Itamar Franco teve uma vida repleta de gostos e episódios pitorescos.

Levou seu topete volumoso e inquieto para o Palácio do Planalto, onde exibiu outras excentricidades ao longo do seu mandato, que se estendeu de 1992 a 1994. 

O político mineiro insistiu, por exemplo, na volta da fabricação do Fusca no Brasil, o que ocorreu em 1993. Três anos depois, no entanto, a produção foi interrompida.

Fantasmas assustavam o supersticioso Itamar Franco, tema do 24º volume da Coleção Folha - A República Brasileira, que chega às bancas neste domingo, dia 23.

Ele já exercia o principal cargo do país havia mais de seis meses, mas ainda não tinha se transferido para o Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República. Dizia aos mais próximos que temia viver no local porque tinha ouvido rumores de que o piano tocava sozinho à noite.

O presidente só se transferiu para o Alvorada no mês de junho de 1993, graças a uma ideia surgida numa conversa dele com um amigo.

Os primeiros moradores do palácio tinham sido Juscelino e Sarah Kubitschek, com a família. Em 1993, Juscelino já havia morrido, mas Sarah estava viva —ela morreu no ano seguinte. 

Itamar resolveu, então, convidar Sarah e a filha Márcia para recepcioná-lo no Alvorada, mostrando a ele todos os cômodos. Com o apoio de Sarah, que era mineira como Itamar, o presidente sentiu-se mais à vontade na casa nova.

Nove anos depois, em 2002, quando era governador do estado de Minas Gerais, ele voltou a falar em seres de outro mundo. Itamar Franco disse que o Palácio da Liberdade, à época sede do governo mineiro, estava “povoado de fantasmas”. 
 

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