Adiado, Festival de Curitiba terá mesmo número de peças de sua 1ª edição

Postergado para setembro devido a coronavírus, mostra de teatro terá 14 espetáculos, contra 400 de 2019

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São Paulo

O Festival de Teatro de Curitiba, uma das principais mostras de artes cênicas do Brasil, apresentará neste ano o mesmo número de espetáculos que teve em sua primeira edição, em 1992.

Por causa da crise do coronavírus, o festival adiou sua programação de 2020 para setembro. Ela estava prevista para ocorrer da terça passada (24) até o domingo que vem (5), mas a organização decidiu pela mudança há algumas semanas.

Com isso, também foi necessária uma adaptação brutal no programa do festival, que já tinha gasto 80% do orçamento deste ano em compra de passagens aéreas e contratação de fornecedores.

Serão apresentados apenas os 14 espetáculos da programação principal, contra cerca de 400 da edição de 2019 (27 destes na seleção central). Também está mantido o Micu, programa voltado a performances de cabaré.

O corte mais duro foi no Fringe, mostra paralela com caráter democrático que espalha centenas de espetáculos de pequeno porte em 70 espaços de toda a capital paranaense e amplia o público para a casa dos dezenas de milhares.

"Era a parte mais importante do festival", suspira Leandro Knopfholz, diretor do Festival de Curitiba. "Mas foi uma decisão meio Dr. House: às vezes é melhor amputar uma perna e continuar vivo."

Há 28 anos, o festival começou com 14 espetáculos que reuniam trabalhos de nomes como Zé Celso, Gerald Thomas, Gabriel Villela e Antunes Filho. Uma peça inédita do diretor morto no ano passado, aliás, estava programada para a edição que aconteceria agora em março e segue firme para setembro.

O festival de 2020 ainda deve ser maior que o primeiro em termos de público, no entanto. Como ocupará teatros de maior escala, espera-se que reúna mais gente.

"Decidimos trazer apenas o que a gente entendeu que era central, avaliando por um viés absolutamente econômico, para que conseguíssemos fazer edições futuras", diz Knopfholz, acrescentando que pretende voltar com a programação normal do Fringe em 2021.

Entre os destaques mantidos na programação este ano estão "Eu de Você", peça de Denise Fraga que já foi apresentada em São Paulo, "Quer Ver Escuta", nova do Grupo Galpão, e um show do álbum "AmarElo", do rapper Emicida.

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