Regina Duarte comemora posse em bufê a quilo e diz que 'vai tentar arrebentar'

'Eu ainda não tenho nenhuma estratégia, a minha única estratégia é tentar pacificar', disse sobre críticas de olavistas

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Brasília

"Vou tentar arrebentar", brincou a atriz Regina Duarte ao abraçar fãs para tirar selfies enquanto comemorava sua posse como secretária especial da Cultura. 

Regina Duarte tira fotos com sua equipe e fãs que vieram acompanhar sua posse, ao lado de um restaurante, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

Depois da cerimônia em que foi oficializada como integrante do governo de Jair Bolsonaro, a atriz levou um grupo de cerca de 40 pessoas para celebrar a um restaurante de bufê a quilo em Brasília.

"Um restaurante democrático, aberto, de acordo com a minha gestão", assim definiu o local escolhido para almoçar com convidados nesta quarta-feira (4), evento presenciado pela Folha

Quatro mesas foram reservadas em uma área aberta, ao fundo do estabelecimento, para ela e seus convidados. Entre os presentes estavam o ator e produtor teatral Humberto Braga, que deve integrar sua equipe, seu filho André e as atrizes Rosamaria Murtinho e Mylla Christie.

Não havia bebida alcoólica e sucos e água faziam as vezes de taças de vinho. 

O local escolhido tem um bufê majoritariamente vegetariano, com opções veganas e as únicas opções de carne são peixe e frango. "É um vegano que favorece qualquer pessoa, que favorece até quem gosta de uma boa carne", brincou. 

À semelhança de Bolsonaro, que costuma fazer refeições em locais populares ou bandejões, Regina tentou demonstrar simplicidade na escolha do local. 

"Aqui ninguém fica constrangido, não tem que escolher o talher", conta à reportagem quando questionada sobre a comemoração. 

"Eu estou muito emocionada, eu estava muito emocionada [na posse], mas ao sentir a reação das pessoas que estavam lá eu me senti tão assegurada, tão abraçada ali. O coração estava batendo forte, foi acalmando, foi acalmando e é isso ai. Como eu falei: fé na veia."

Questionada sobre as críticas de setores do bolsonarismo, em especial os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, à sua posse, ela relativizou os ataques e disse ainda não ter uma estratégia para solucionar a adversidade.

"Eu ainda não tenho nenhuma estratégia, a minha única estratégia é tentar pacificar. A minha fala fala bem disso. Nós, uma só nação, um corpo só, uma só pátria e a gente tem que se dar as mãos se quiser construir um futuro", afirmou repetindo trecho do discurso performático que fez mais cedo. 

Na conversa com a Folha, depois de posar para uma foto do grupo que a acompanhava, lamentou ter se esquecido de falar sobre o acarajé, iguaria da culinária baiana.

"Eu pulei o acarajé [no discurso], fiquei muito na culinária", disse, lembrando que acrescentou uma opção de acarajé vegano ao prato. 

"Na hora eu improvisei: 'Que literatura a gente tem!' Eu tinha que falar mais, aprofundar tudo isso, mas não dava."

Regina contou que tinha se programado para falar 11 minutos, de acordo com o texto que levou à mão, mas ao improvisar, ultrapassou 15 minutos. 

"É que na hora eu me empolgo, algumas coisas eu falei de improviso."

Na curta conversa, a atriz foi interrompida diversas vezes para tirar fotos e atender os pedidos de abraço. 

Ela não quis dar detalhes sobre a equipe que está formando e pediu que fosse aguardada a publicação dos nomes no Diário Oficial da União.

"Essa semana estou meio que montando meu apartamento aqui. Então vai ser reunião e apartamento onde eu vou ficar".

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