Maior feira de arte do país, a SP-Arte decidiu adiar sua 16ª edição, marcada para 1º a 5 de abril, no Pavilhão da Bienal, por causa do surto do coronavírus.
A organização do evento publicou um comunicado oficial, em que diz que o compromisso é "garantir a segurança e saúde de expositores e visitantes". Pessoas ligadas à entidade afirmam que novas datas estão sendo estudadas junto à Fundação Bienal, que em setembro inaugura a mostra coletiva principal de sua 34ª edição.
Segundo a nota, "dada a escala internacional da feira, não temos ainda como calcular os impactos logísticos e operacionais, que vêm aumentando a cada dia com restrições de mobilidade e fechamento de fronteiras".
Com isso, a SP-Arte segue os passos de feiras como a Art Basel Hong Kong, cuja edição estava marcada para 19 a 21 de março, e a ArteBA, em Buenos Aires, que aconteceria entre 16 e 19 de abril, e de eventos como a Bienal de Arquitetura de Veneza, que teve sua duração encurtada pela metade por causa da pandemia.
Museus como o Metropolitan Museum of Art, em Nova York, e o Prado e o Reina Sofía, em Madri, também fecharam para visitação indefinidamente. O Louvre, em Paris, passou a restringir o acesso àqueles que compraram ingressos na internet ou têm entrada gratuita, caso dos menores de 18 anos e de pessoas com deficiência.
Em São Paulo, por enquanto, nenhum grande museu decidiu cancelar exposições programadas. A Pinacoteca confirmou que abrirá a exposição de Hudinilson Jr. na Pina Estação no sábado (14), e o Instituto Moreira Salles (IMS) manterá a exposição da chilena Paz Errázuriz que tem início na terça (17), embora a conversa com a fotógrafa tenha sido cancelada.
Também a mostra do fotógrafo Bob Gruen que começa no Museu de Imagem e do Som, o MIS, nesta sexta (13) continua. Segundo comunicado do governo de São Paulo, o museu, assim como todas as instituições culturais estaduais, cumprirão medidas de prevenção do coronavírus, disponibilizando por exemplo álcool em gel, lenços descartáveis e afixando cartazes com orientações sobre como evitar a sua disseminação.
"Não é razoável paralisar, de maneira precipitada, um estado com quase 46 milhões de habitantes", disse o governador João Doria, segundo a nota.
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