A Ancine aprovou, em reunião nesta quarta (22), a destinação de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual para socorrer cinemas brasileiros impactados pela crise do coronavírus, assim como a criação de linhas de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) .
Desde o início da quarentena, em março, as salas de exibição estão fechadas por orientação dos governos estaduais, com objetivo de conter aglomerações e evitar a disseminação do vírus.
Reconhecendo o impacto da medida no faturamento das empresas, a agência propôs agora a criação de linhas de crédito em parceria com o BNDES, oferecendo empréstimos a empresas de audiovisual, de modo a manter seu giro de capital no período de fechamento.
Segundo o site especializado FilmeB, o montante do empréstimos pode chegar a R$ 400 milhões. Também foi proposta a suspensão temporária do pagamento de parcelas de obrigações contraídas antes da crise por empresas do setor junto ao BNDES.
Para exibidoras de pequeno porte, especificamente, foi autorizada a aplicação de recursos não reembolsáveis do fundo.
No começo da semana, a agência reguladora havia criado uma câmara técnica para estudar a melhor maneira de amparar os exibidores, que tiveram sua receita reduzida a quase zero devido ao fechamento das salas.
O governo federal tem sido criticado pela demora no anúncio de salvaguardas ao setor da cultura, um dos mais fortemente impactados pela crise, e a secretária Regina Duarte tem sofrido pressão de artistas. Só nesta quarta, após mais de um mês de pandemia, o Ministério da Cidadania publicou normativa para flexibilizar prazos para o setor.
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