O governo do estado de São Paulo vai cortar R$ 68 milhões no orçamento das organizações sociais que gerem os equipamentos de cultura estaduais, como a Pinacoteca, o MIS, a Osesp, a Sala São Paulo e teatros como o São Pedro e o Sérgio Cardoso.
Haverá uma redução em 50% dos repasses do estado nos meses de maio, junho e julho, o que deve acarretar numa diminuição total de 14% em relação ao total programado até o final do ano.
As organizações sociais afirmam, em nota, que trabalham para preservar os cerca de 4.400 empregos pelos quais são responsáveis, mas a decisão final sobre cortes de pessoal e de atividades será tomada em conjunto com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, comandada hoje por Sérgio Sá Leitão.
"Sabemos do impacto que a crise econômica trará para todo o setor cultural e estamos trabalhando em conjunto [com a secretaria] para minimizar ao máximo as demissões e criar alternativas para continuarmos gerando renda para a cadeia produtiva da cultura”, diz Paulo Zuben, presidente da entidade que congrega as instituições.
Algumas entidades já delinearam o cenário à frente. A Pinacoteca prevê redução salarial e suspensão dos contratos de trabalho, assim como o Memorial da Resistência, que também cortará programas.
Mesmo com intuito de preservar empregos, o Museu de Arte Sacra e o Museu Afro Brasil preveem demissões, e o MIS, redução salarial de todos os colaboradores. O Museu da Casa Brasileira tem em vista reduzir a programação e cortar custeio, área administrativa e pessoal.
Instituições como a Casa Mário de Andrade, a Casa Guilherme de Almeida e a Casa das Rosas trabalham com a perspectiva de redução salarial e diminuição de atividades, assim como as bibliotecas estaduais.
A Osesp e a Sala São Paulo vão ajustar custos, sem cravar que tipo de cortes farão, e devem estender a temporada até o início de 2021.
Todas as instituições suspenderam suas atividades por causa da pandemia de coronavírus e ressaltam a ampliação da oferta de programação online.
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